Chamada Time’s Up e criada por Natalie Portman e Meryl Streep, dentre outras, a iniciativa é um fundo de defesa legal, que já arrecadou milhões para proporcionar apoio legal subsidiado a mulheres e homens que foram sexualmente assediados, agredidos ou abusados em seu local de trabalho.
Mais de 300 atrizes, roteiristas, diretoras, agentes e outras executivas da indústria do entretenimento fazem parte da iniciativa para enfrentar o assédio sexual generalizado em Hollywood. Dentre os que colocaram o broche com a inscrição Time's Up estão Joseph Fiennes, Freddie Highmore, Justin Hartley, Finn Wolfhard, Gaten Matarazzo e Noah Schnapp (os três últimos são de “Stranger things”).
Além disso, diversas atrizes se vestiram de preto na cerimônia para denunciar o assédio sexual. O protesto vem na sequência das dezenas de acusações de estupro contra o produtor Harvey Weinstein. A mobilização também deu origem à hashtag “Me Too” (Eu também), que começou quando a atriz Alyssa Milano incentivou mulheres que já foram vítimas de abusos a dar seus testemunhos no Twitter.
Discurso contundente A cerimônia também foi marcada por um discurso muito contundente e emocionante feito pela homenageada da noite, a apresentadora Oprah Winfrey (foto). Ela falou sobre a força das mulheres, assédio sexual e racismo. Oprah recebeu o prêmio Cecil B. DeMille, pelo conjunto da obra. Em sua fala, citou que é a primeira mulher negra a ganhar esse prêmio. A atriz e apresentadora citou como influência o ator Sidney Poitier, primeiro negro a ganhar o Oscar de melhor ator, pelo filme “Uma voz nas sombras” (1963). “Eu entrevistei e interpretei pessoas que passaram por algumas das coisas mais feias que a vida pode jogar em você, mas a qualidade única que todas elas parecem compartilhar é a habilidade de manter a esperança por uma manhã mais brilhante, mesmo durante nossas noites mais escuras”, disse. E acrescentou: “Então, eu quero que todas as garotas assistindo aqui, agora saibam que um novo dia está no horizonte. E que quanto este novo dia finalmente chegar, será por causa de muitas mulheres magníficas e alguns homens fenomenais, lutando duro para ter certeza de que elas se tornem asa líderes que nos levem a um tempo em que ninguém jamais tenha de dizer ‘Eu também’ novamente”, em referência à hashtag “Me Too”. *Com informações do G1 Foto: Commons