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A agência Leo Burnett Tailor Made terá de desenvolver uma campanha de promoção de direitos após ter criado uma propaganda que comparava travestis e mulheres transexuais a peças de automóveis “falsas”, afirmando que "mais cedo ou mais tarde, você percebe a diferença"
Por Bruno Bocchini, da Agência Brasil
A Defensoria Pública de São Paulo e a agência de publicidade Leo Burnett Tailor Made firmaram um acordo em que a agência publicitária terá de desenvolver uma campanha de promoção dos direitos de travestis e transexuais. Segundo a Defensoria, a agência criou, em 2013, uma campanha que comparava travestis e mulheres transexuais a peças de automóveis “falsas”, afirmando que "mais cedo ou mais tarde, você percebe a diferença".
“O acordo permite que o desfecho do episódio seja a produção de uma campanha positiva e cívica sobre os direitos da população trans, contando com a produção de uma grande agência de publicidade”, disse a defensora pública Vanessa Alves Vieira.
De acordo com a defensoria pública, a agência, após a repercussão pública da campanha, desculpou-se publicamente pelo conteúdo. Segundo a Leo Burnett Tailor Made, a campanha inicial, que não chegou a ser veiculada, “foi enviada equivocadamente ao Festival do CCSP [Clube de Criação], e não está alinhada de maneira alguma com o modo de pensar e agir da agência: uma empresa que sempre respeitou e apoiou a diversidade”.
A elaboração da nova peça publicitária deverá ser feita em parceria com a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) e terá de ficar pronta em até seis meses.