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O atual coordenador de políticas públicas LGBT, Alessandro Melchior, disse que proposta de João Dória mostra um "desconhecimento da estrutura da Prefeitura" e que "não existe manutenção de política pública sem as coordenações".
Por Victor Labaki
O candidato à Prefeitura de São Paulo, João Dória (PSDB), prometeu nesta quinta-feira (18) acabar com as pastas voltadas à juventude, mulheres, LGBT, Negros e de Pessoas com Deficiência. O tucano disse que quer reduzir de 27 para 20 o número de secretarias.
"As políticas públicas serão mantidas integralmente, mas não os penduricalhos", disse, se referindo a cargos, como de motorista e secretária, das coordenações de políticas voltadas à minorias da secretaria municipal de Direitos Humanos. "Tudo isso é custo. Para quê? Gerar status? Prefiro gerar política pública", disse o candidato em seu terceiro dia de campanha oficial.
O atual coordenador de políticas públicas LGBT, Alessandro Melchior, disse que proposta de João Dória mostra um "desconhecimento da estrutura da Prefeitura'. Atualmente a coordenação de Políticas LGBT não possui status de secretaria e, portanto, não gera despesas com secretária e motorista, como o tucano afirmou.
"Não existe manutenção de política sem estrutura responsável pela política. Fechar a coordenação de políticas LGBTs em São Paulo significa colocar 200 travestis e transexuais que estão estudando nas ruas para se prostituir", completou Alessandro.
O prefeito Fernando Haddad (PT) disse que Dória desconhece a cidade ao propor a extinção de "seis secretarias que sequer existem".
“Nós iremos reforçar as políticas para mulheres, pessoas com deficiência, população LGBT e jovens. O candidato João Dória mostra mais uma vez desconhecer a cidade. Das seis secretarias citadas por ele, três sequer existem", disse o atual prefeito.
Foto de Capa: Divulgação