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Novos dados divulgados nesta sexta-feira (22) pela União Internacional de Telecomunicações (UIT) também apontaram os números da chamada "desigualdade digital": enquanto na Europa 84% dos domícilios acessa a interne, na África o percentual é de 15,4%
Por Redação
Novos dados divulgados nesta sexta-feira (22) pela União Internacional de Telecomunicações (UIT) mostraram que 3,7 bilhões de pessoas permanecem sem acesso à internet no mundo. A projeção da UIT é que até o fim do ano, mais da metade da população mundial, ou 3,9 bilhões de pessoas, estarão sem acesso à rede.
O relatório revelou que a penetração da internet é de 81% nos países desenvolvidos, de 40% nos emergentes e de 15% nos países mais pobres. Se analisarmos por continente, a disparidade entre o chamado "mundo desenvolvido" e os países emergentes ficam ainda mais evidentes.
Enquanto quase 1 bilhão de lares no mundo têm acesso à internet (sendo que, desse total, 230 milhões estão na China, 60 milhões na Índia e 20 milhões nos 48 países menos desenvolvidos do mundo), os números de acesso domiciliar revelam a amplitude da desigualdade digital, com 84% dos domicílios conectados na Europa, comparados a 15,4% no continente africano.
Além disso, as taxas de penetração são mais altas entre homens em todas as regiões do mundo. As desigualdades globais de gênero no uso da internet subiram de 11% em 2013 para 12% em 2016. As maiores discrepâncias estão na África, com 23%, e as menores, nas Américas, com 2%.
“A interconectividade global está crescendo rapidamente. No entanto, é preciso fazer mais para acabar com a desigualdade digital e levar mais da metade da população global que não utiliza a Internet para a economia digital”, disse o secretário-geral da UIT, Houlin Zhao.
Em 2011, a ONU declarou que o direito de acesso a internet é um direito humano - como o direito à saúde, à educação e à moradia.