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Em declaração dada à Corregedoria, o garoto de 11 anos disse que mentiu anteriormente por medo dos policiais
Por Redação
Na noite de quinta-feira (2), um garoto de 10 anos foi assassinado por policiais com um tiro na cabeça após supostamente furtar um carro na companhia de um colega, de 11 anos. Os oficiais divulgaram a versão de que Ítalo foi atingido porque estava dirigindo o veículo e havia atirado contra eles. Uma arma de calibre 38 foi encontrada no local.
A princípio, ao prestar depoimento sem acompanhamento de advogados, o menino que sobreviveu ao episódio confirmou a versão dos policiais, dizendo que os três disparos foram efetuados enquanto Ítalo dirigia. Em um vídeo divulgado na internet, ele reforça que houve os tiros, porém se contradiz quando fala que o último foi dado depois que o carro já havia batido.
No entanto, no domingo (5), em declaração dada à Corregedoria, o menino afirmou que não houve troca de tiros. Segundo ele, só os PMs atiraram. O garoto disse que nem ele, nem seu amigo morto estariam armados e que mentiu anteriormente por medo dos policiais.
De acordo com ativistas de direitos infanto-juvenis que acompanham o caso, o interrogatório gravado pelos agentes foi uma tentativa de encobrir os excessos cometidos durante a abordagem feita às duas crianças.