Hulk diz que atos racistas acontecem "em quase todos os jogos" na Rússia

"Eu costumava ficar com raiva, mas agora eu vejo que isso não ajuda, então eu só mando um beijo para os torcedores e tento não ficar com raiva", conta o atacante brasileiro

Escrito en DIREITOS el
"Eu costumava ficar com raiva, mas agora eu vejo que isso não ajuda, então eu só mando um beijo para os torcedores e tento não ficar com raiva", conta o atacante brasileiro Por Redação* Para o atacante Hulk, jogador do Zenit St. Petersburg, atos racistas ocorrem na maioria das partidas na Rússia. "Eu devo dizer que em quase todos os jogos que eu vejo isso acontecendo. Eu costumava ficar com raiva, mas agora eu vejo que isso não ajuda, então eu só mando um beijo para os torcedores e tento não ficar com raiva", conta o brasileiro, vítima de ataques raciais no final do ano passado por parte de torcedores do Spartak Moscou, que imitavam macacos quando ele se aproximava. Hulk diz que o Mundial da Fifa de 2018, do qual a Rússia será sede, pode dar visibilidade às manifestações preconceituosas, que, embora frequentes, não repercutem fora do país. "Se [o racismo] acontecer na Copa do Mundo, será realmente nojento e realmente feio. Geralmente isso acontece quando os clubes russos jogam e isso não vai para o mundo e o mundo não sabe sobre isso", declarou. Relatos de discriminação apareceram já no confronto da nova temporada da liga russa, ocorrido na última sexta-feira. O ganês Emmanuel Frimpong, do Ufa, afirmou ter sido alvo de insultos racistas por parte da torcida do Spartak Moscou. O jogador acabou expulso após retrucar com um gesto considerado "ofensivo". "Eu vou cumprir uma suspensão por ser insultado. E ainda assim vão realizar uma Copa do Mundo no país", escreveu em seu perfil no Twitter.

*Com informações do Estadão Coteúdo

(Foto: Rafael Ribeiro/CBF)

Temas