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Advogada denunciou o Esporte Clube Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, por discriminação; para promotora, proibir a entrada de babás que não vestem branco é uma regra discriminatória
Por Redação
[caption id="attachment_67567" align="alignleft" width="300"] (Foto: Reprodução)[/caption]
O Esporte Clube Pinheiros, localizado na zona oeste da capital paulista, é alvo de um inquérito civil instaurado pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP). A medida foi tomada pela promotora de Justiça Beatriz Helena Budin Fonseca, depois que a advogada Roberta Loria denunciou o clube por discriminação. As informações são da BBC Brasil.
Segundo Loria, a babá de sua filha foi proibida de acessar as dependências do local por não vestir trajes brancos. "Ao exigir o uso de determinada roupa pelas babás, o clube pretende marcar as pessoas que estão no local, circulando entre os sócios, mas que pertencem a outra classe social", afirmou Fonseca à BBC Brasil, que defende ainda que a "regra é discriminatória" por violar "os princípios constitucionais da igualdade e da dignidade da pessoa humana".
A reportagem procurou o Esporte Clube Pinheiros, que confirmou que "a utilização de uniforme na cor branca pelas babás está devidamente regulamentada através de normativa interna do clube" e declarou que "assim como é comum em organizações a utilização de uniforme e crachá, o Pinheiros adota o mesmo tipo de sistema".
Ainda de acordo com o Pinheiros, a circulação das babás em algumas partes de suas instalações é de fato proibida. "Existem áreas, como piscina e locais de eventos, que possuem regras específicas para o acesso, podendo ser reservadas exclusivamente aos associados. O clube ainda ressalta que repudia qualquer tipo de pré-conceito ou discriminação de qualquer caráter."