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Os cantores Max e Mariano receberam uma enxurrada de críticas, após lançarem clipe com apologia ao ‘revenge porn’, ou seja, a divulgação de imagens íntimas de alguém por motivos de vingança
Por Maíra Streit
[caption id="attachment_62896" align="alignleft" width="298"] Reprodução/Facebook[/caption]
Os cantores sertanejos Max e Mariano se tornaram conhecidos do grande público em poucas horas por uma polêmica envolvendo o mais novo clipe da dupla, lançado na segunda-feira (6). A música “Eu Vou Jogar na Internet” gerou revolta por fazer apologia ao revenge porn, ou seja, a divulgação de imagens íntimas de alguém por motivos de vingança.
O clipe mostra a reação do ex-namorado que espalha nas redes sociais um vídeo de uma mulher, com cunho sexual. Tudo é feito sem o consentimento dela, que acaba tendo que lidar com as consequências dessa exposição. "E sem que você percebesse / Eu gravei de nós dois um vídeo de amor / Eu vou jogar na internet / Nem que você me processe”, diz um trecho da música.
A maioria dos comentários dos internautas criticou a letra da canção. "Mulheres se suicidam por causa disso", alertou um deles. "O fim de uma carreira que não começou", disse outro. O repúdio à faixa fez com que os cantores retirassem o material do ar em sua página do facebook, canal de vídeos e site oficial.
O senador Romário (PSB-RJ), que é autor do de projeto de lei que tipifica o revenge porn como crime, se manifestou sobre o episódio. “Isso não é brincadeira. As consequências para as vítimas são gravíssimas. A integridade física, moral e psicológica das vítimas são abaladas depois de terem a vida íntima exposta desta forma”, declarou. A proposta apresentada pelo senador prevê pena de até três anos de detenção, além de indenização à vítima.
Procurada pela Fórum, a assessoria da dupla Max e Mariano afirmou que não esperava uma repercussão tão negativa. A alegação é de que a música foi mal interpretada, pois, na verdade, a intenção dos artistas era fazer um alerta para que as mulheres não caiam em situações como essa.
Assista:
Foto de capa: Divulgação