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Mesmo com a lei anti-gay da Rússia e com a perseguição de grupos neonazistas, boate gay de Sochi segue lotada de russos e estrangeiros
Por Redação
[caption id="attachment_41882" align="alignleft" width="300"] Boate gay em Sochi lota com fluxo dos jogos olímpicos[/caption]
Apesar das agora famosas leis anti-gays da Rússia, o Club Mayak, a única boate LGBT de Sochi, lota de casais gays, lésbicos e heterossexuais no primeiro fim de semana pós abertura dos jogos olímpicos. Na boate, tanto russos como turistas olímpicos bebem e dançam em meio a bandeiras do arco-íris. Garçons com ombreiras de couro e sem camisa e drags queens também figuram no ambiente do local. E como não podia ser diferente, a moda “olímpica” entrou nos espetáculos da casa, com uma das travestis sendo introduzida como “medalhista de ouro em sexo oral”.
As sátiras não param por aí: o dono passou um trote em sua clientela. Um homem fardado entrou na casa na madrugada de sábado, a ideia era dar um “susto” nos presentes e retratar de maneira cômica a atual situação da comunidade LGBT. O show de drag queens foi interrompido bruscamente por um policial que apagou as luzes e desligou o som, apontando sua lanterna aos espectadores. O breve susto passou assim que ele arrancou seu uniforme e começou a dançar de sunga ao ritmo de “I like the way you move”, do grupo Outkast.
Os clientes regulares do Mayak afirmam que não encontram problemas nem com a polícia ou com os skinheads da cidade, que é considerada tolerante para os padrões russos. Os frequentadores disseram que no momento atual sofrem mais com o assédio dos jornalistas estrangeiros, que querem saber de horror e violência contra as LGBT.