Ex-arcebispo da Igreja Anglicana da Cidade do Cabo, vencedor do Nobel da Paz e um dos principais ativistas na luta contra o apartheid, participa de campanha internacional da ONU pela comunidade LGBT
Do Opera Mundi
[caption id="attachment_27897" align="aligncenter" width="600"] (Foto: Wikimedia Commons)[/caption]O ex-arcebispo da Igreja Anglicana da Cidade do Cabo, Desmond Tutu, um dos principais ativistas dos direitos humanos no continente africano, fez uma importante defesa pelos direitos da comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) no mundo.
Durante evento na ONU (Organização das Nações Unidas) na África do Sul em defesa da diversidade sexual, Tutu, vencedor do Prêmio Nobel da Paz em 1984 por sua atuação contra o apartheid, afirmou que prefere “o inferno do que um paraíso homofóbico”.
“Eu não veneraria um Deus que fosse homofóbico e é assim que me sinto para falar sobre isso”, afirmou. “Eu me recusaria a entrar em um paraíso homofóbico. Chegaria lá e diria: ‘sinto muito’, prefiro ir para ‘o outro lugar’”. Tutu também fez pesadas críticas a religiões e líderes espirituais que discriminam pessoas por suas opções sexuais.
O evento, ocorrido na última sexta-feira. 26, na Cidade do Cabo, contou também com a presença do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e da alta comissária para os direitos humanos, Navi Pillay, no lançamento de uma campanha em defesa da comunidade LGBT pelo mundo. Pillay lembrou que 76 países criminalizam as relações entre pessoas do mesmo sexo. As punições, nesses locais, variam desde sentenças de prisão à execução, o “que se constitui em clara violação aos direitos humanos básicos”.
“Estou tão engajado nesta campanha como sempre estive na luta contra o apartheid. Para mim, ambas estão no mesmo nível”, disse Tutu, que se aposentou recentemente.