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Memorial na Casa da Morte é Vitória da Luta por Memória, Verdade e Justiça

A transformação da Casa da Morte em um memorial não é apenas um ato simbólico, mas também uma resposta às inúmeras vozes que clamam por justiça e reconhecimento dos crimes cometidos durante a ditadura militar

Dani Balbi.Créditos: Alerj/Reprodução
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A recente decisão do Ministério dos Direitos Humanos de transformar a Casa da Morte em Petrópolis em um Memorial sobre a ditadura militar representa um passo significativo na preservação da memória e na promoção da justiça histórica no Brasil. Este espaço, que outrora foi palco de atrocidades e repressão durante os anos de chumbo, agora se converte em um símbolo de resistência, aprendizado e valorização da democracia, uma luta que faz parte das pautas que defendo como deputada estadual.

A transformação da Casa da Morte em um memorial não é apenas um ato simbólico, mas também uma resposta às inúmeras vozes que clamam por justiça e reconhecimento dos crimes cometidos durante a ditadura militar.

 É uma forma de honrar as vítimas e garantir que as futuras gerações conheçam a verdade sobre esse período sombrio da história brasileira. Convertendo locais de dor e opressão em centros de pesquisa e educação, reforçamos o compromisso de nunca mais permitir que tais violações aos direitos humanos ocorram.

Como deputada estadual, saúdo a atitude do Ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida. Nossa mandata trabalhou no mesmo sentido quando protocolamos os Projetos de Lei 253/2023 e 254/2023 para fazer da Casa da Morte em Petrópolis um local de memória, verdade e defesa da democracia.

 No mesmo sentido também protocolamos o PL 90/2023, para transformar o antigo DOPS em Museu da Memória e da Verdade. Considero fundamentam seguir manter viva a lembrança dos crimes cometidos pelos militares e seus aliados, e para assegurar que a história seja contada de maneira justa e completa.

Na Alerj, seguiremos lutando de forma incansável na defesa dos direitos humanos e na busca pela reparação histórica. Precisamos somar forças com os defensores da democracia para enfrentar o passado com coragem e honestidade, e transformar os locais marcados pelo terror em espaços de reflexão e aprendizagem. É por meio de iniciativas como essa que construímos uma sociedade mais justa, democrática e consciente de seu passado.

O Memorial da Casa da Morte será um farol de memória e resistência, educando e inspirando todos os que o visitarem.

 Ele servirá como um lembrete constante de que a democracia deve ser protegida e cultivada, e que a verdade e a justiça são pilares fundamentais para a construção de um futuro melhor. Ao transformar espaços de dor em locais de esperança e conhecimento, reafirmamos nosso compromisso com a construção de um Brasil mais humano e democrático.

*Dani Balbi é deputada estadual no Rio de Janeiro (PCdoB).

**Este artigo não reflete, necessariamente, a opinião da Revista Fórum.

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