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Uma universidade de inclusão que permanece ampliando na área da extensão – Por Mario Carneiro

A Uerj é uma instituição pública, referenciada socialmente, laica e de excelência, que cumpre com o papel social de ser plural, inclusiva e democrática

O reitor Mario Carneiro, da Uerj.Créditos: Uerj
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A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) vem apresentando um crescimento extraordinário nos últimos anos, tendo em vista as ações de inclusão social praticadas pela atual gestão. Desde a pandemia de Covid-19, a Uerj vem se consolidando como grande promotora de políticas de permanência estudantil, sendo responsável pela implementação de diversos benefícios para a comunidade acadêmica.

No caso, estamos falando do maior Plano de Inclusão Digital da América Latina, que distribuiu tablets e chips para que os estudantes pudessem acompanhar as aulas remotas, além de auxílios para material didático, transporte, alimentação, uniforme, creche, bem como reajuste nas bolsas permanência, que foram estendidas para mestrandos e doutorandos em situação de vulnerabilidade social.

No campo da pesquisa, houve um grande investimento em programas como o aumento de vagas do ProCiência, a criação do ProDocência, o ProExtensão ampliando os projetos extensionistas e o Protec, incentivando a inovação junto aos técnicos administrativos.

Do mesmo modo, a Uerj ampliou o seu território, chegando na Baixada Litorânea, com o Hospital Universitário Hesio Cordeiro (HUHC) e a implantação de um novo campus em Cabo Frio, contendo cursos de Medicina, Ciências Biológicas e Ciências Ambientais.

Na cidade do Rio, a universidade também se expandiu. Foi criado o campus Zona Oeste, em Campo Grande, após a incorporação da Uezo, que vai funcionar no antigo prédio do Centro Universitário Moacyr Bastos. Em Vaz Lobo, teremos mais uma unidade que está sendo reformada, onde antes ficava a Faculdade Nuno Lisboa. No Rio Comprido, os estudantes do Cap-Uerj agora contam com uma nova sede, totalmente reformada.

Todas essas ações, ocorridas durante grave crise que paralisou a atividade econômica nacional, se deram em função do aumento do orçamento em torno de 41%, bem como pela reivindicação do cumprimento do índice constitucional da educação. Somado a isso, tivemos uma série de projetos de descentralização orçamentária, que possibilitaram estarmos presentes com atividades extensionistas em todo o território fluminense.

Em 2021, esses convênios passaram a ser regulados por normas que exigiram a contratação por processo seletivo simplificado por edital público e para as funções de confiança, análise de currículo e entrevista, sejam indicadas pelo órgão descentralizador ou pela coordenação do projeto por parte da Uerj.  Hoje, com novo regramento datado de dezembro de 2022, temos a regra de combate ao nepotismo mais rigorosa do Brasil, com a vedação de contratação de parente de qualquer ocupante de cargo em comissão e da contratação de mais de uma pessoa da mesma família em projeto.

Isso se deu por conta de algumas denúncias de irregularidades que estão sendo investigadas tendo em vista o compromisso da Uerj com a transparência e demais mandamentos constitucionais. Para tal, foi criada uma Comissão de Verificação de Fatos e Responsabilidades, com abertura de sindicâncias, mudanças de procedimentos e comunicação aos órgãos de controle interno e externo.

A Uerj é uma instituição pública, referenciada socialmente, laica e de excelência, que cumpre com o papel social de ser plural, inclusiva e democrática, produzindo ações para melhorar a vida das pessoas. Assim, serão continuadas as parcerias referentes aos projetos de extensão, responsáveis por entregas significativas para a população fluminense, em áreas como educação, saúde, direitos humanos, segurança, habitação e assistência social.

*Mario Carneiro é reitor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

**Este artigo não reflete, necessariamente, a opinião da Revista Fórum.

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