O levantamento do DataFórum desta segunda-feira (19) mostra que os desdobramentos das investigações envolvendo Mauro Cid, braço direito do ex-presidente Jair Bolsonaro, tiveram ampla repercussão.
Dessa maneira, o termo cunhado pelo jornalista Celso Rocha de Barros, que descreve Cid como organizador de uma espécie de "golpe-festa surpresa" para Bolsonaro, virou piada na comunidade progressista. Essa revelação motivou ampla discussão e deboche.
Na comunidade progressista, o julgamento de Bolsonaro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi o assunto em destaque, no qual o ex-mandatário pode ficar inelegível por oito anos.
O julgamento de Bolsonaro no TSE foi provocado por uma ação do PDT, que o acusa de abuso de poder ao utilizar a estrutura do Estado para promover encontros com embaixadores em 2022 e atacar a lisura do sistema eleitoral brasileiro sem apresentar qualquer tipo de prova.
A extrema direita recebeu 48% das menções no Twitter. Por sua vez, a comunidade progressista, somada à população, ficou com 44% das menções.
Foram analisados 199.785 twwets a partir das tags lulaoficial, @lulaoficial, jairbolsonaro, @jairbolsonaro, lula, bolsonaro, @ptbrasil, ptbrasil, @plnacional_, plnacional_
Extrema direita
Lula foi ironizado e comparado ao humorista Leo Lins por ter feito piada com o peso do Flávio Dino, fala considerada gordofóbica por críticos. Carlos Bolsonaro teve um bom alcance com um de seus tweets de difícil compreensão. Lula foi hostilizado com ofensas, e Bolsonaro se vitimizou por ter sido chamado de "gângster" pelo Presidente.
Também houve críticas ao Presidente por não visitar o Sul e o Centro-Oeste, e influenciadores bolsonaristas consideraram ruim o desempenho de Lula na pesquisa Datafolha, produzindo fake news ao afirmar que a avaliação de Lula foi pior do que a de Bolsonaro no mesmo período.
Também circularam mentiras sobre vaias a Lula no Pará, inclusive acompanhadas de um vídeo em que fica claro que as vaias eram para a Prefeita de Abaetetuba. Circularam vídeos com o objetivo de confirmar a popularidade de Bolsonaro.
Progressistas
Houve elogio ao desempenho da economia sob a gestão de Lula e críticas aos juros altos. O presidente do Banco Central, Campos Neto, foi criticado por estar fazendo oposição política ao Presidente.
Circulou bastante a informação de que o JN ignorou o governo Lula 2 ao divulgar a pesquisa Datafolha, e o Estadão foi desaprovado por estar fazendo oposição aberta ao Presidente Lula em seus editoriais.
Repercutiram bastante os escândalos do governo Bolsonaro, com destaque para a suspeita de superfaturamento em carros blindados e para o vazamento de uma conversa que implica diretamente o ex-Presidente na tentativa de golpe de 08/01. Houve comemoração antecipada da possível inelegibilidade de Bolsonaro, que pode ser decretada em julgamento nesta semana.
Teve bom engajamento o vídeo com a assessoria de Lula intervindo em um programa da GloboNews para esclarecer que as casas de 15m² não são do Minha Casa Minha Vida.
Cultura pop
Nesta comunidade, foi desmentida a fake news de que Lula foi vaiado no Pará, e repercutiu a informação de que Janja se posicionou contra o pagamento de influenciadores digitais que apoiam o governo Lula, ao contrário do que foi feito no governo Bolsonaro.
O ex-Presidente foi ironizado por se dizer inocente em relação ao golpe, com Celso Rocha de Barros cunhando o termo "golpe-festa surpresa".