O levantamento DataFórum desta sexta-feira (16) mostra que a declaração da jornalista Mônica Waldvogel sobre o fato de a economia dar sinais de recuperação trata-se da "sorte do presidente Lula" e não das políticas da gestão federal.
"O Brasil conseguiu colocar essa supersafra para fora, por sua vez ganhou mais dólar, o dólar cai e ajuda a controlar a inflação, o que dá essa sensação de bem-estar. O governo não precisou se mexer, a safra foi plantada no ano passado. Tudo se ajeitou. É uma questão de sorte. Essa supersafra foi responsável por quase 25% do crescimento do PIB no primeiro trimestre [...] tudo bem, há a política monetária, os juros, o arcabouço e a negociação política, mas também há um aspecto que é uma circunstância totalmente fora do controle do governo [...] Lula é um cara sortudo", disse Mônica Waldvogel rindo.
A análise da comentarista da Globo News recebeu respostas de vários perfis, incluindo do Secretário Executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli.
Enquanto entre os progressistas o foco foi o comentário absurdo de Waldvogel sobre a "sorte de Lula", no campo da extrema direita a operação da Polícia Federal contra o senador Marcos do Val (Podemos-ES) dominou as discussões.
Além disso, a suspensão das redes sociais do comunicador Monark, solicitada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), também causou revolta entre os bolsonaristas.
Os progressistas, juntamente com a comunidade pop, representaram 50% das menções no Twitter. A extrema direita recebeu 32% das citações.
Foram analisados 201.249 tweets a partir das tags lulaoficial, @lulaoficial, jairbolsonaro, @jairbolsonaro, lula, bolsonaro, @ptbrasil, ptbrasil, @plnacional_, plnacional_
Progressistas
No campo progressista, um dos destaques foi a revelação de que influenciadoras, inclusive a esposa do cantor Gustavo Lima, receberam pagamentos para fazer propaganda positiva do governo Bolsonaro.
Outro assunto de grande repercussão foi a busca e apreensão realizada pela PF na casa do senador Marcos do Val.
Influenciadores repercutiram a queda do dólar e do valor dos combustíveis e também refutaram o discurso de que a economia está melhorando porque "Lula tem sorte", afirmando que é competência do presidente.
Extrema direita
Na extrema direita, houve reclamações sobre a operação da PF envolvendo o senador Marcos do Val e protestos contra a suspensão das contas do Monark, além das lamentações sobre os rumos da CPMI do Golpe.
Luiz Marinho foi criticado por ter indicado a si mesmo para o cargo de Conselheiro Fiscal do SESC, e Arthur Lira foi destaque por conta de seus ataques ao governo Lula.
Novamente circularam fake news sobre a audiência da Live do Lula, acompanhada da tentativa de descredibilização do processo eleitoral. Bolsonaro foi vitimizado como um perseguido político, enquanto Lula foi tratado como criminoso.
Cultura pop
Neste grupo houve uma mobilização liderada pelo perfil @abocadelobo, para que o campo progressista participe do PPA participativo, afirmando que a extrema direita está mobilizada e participando do processo, votando em propostas do seu interesse.
Nesta comunidade, também foi rechaçado o discurso de que "Lula tem sorte" e repercutiram os pagamentos do governo Bolsonaro para influenciadoras.
Repercutiu uma reportagem sobre a busca por componentes eletrônicos para as novas urnas brasileiras.
Liberais
Entre os liberais, repercutiu negativamente o projeto de lei que tenta coibir críticas aos políticos.
Houve diversos ataques ao governo Lula, com críticas aos gastos com viagens internacionais, e influenciadores afirmaram que houve conluio entre o PT e o STF para influenciar no processo eleitoral. Bolsonaro foi retratado como um cabo eleitoral de Lula, devido ao seu péssimo desempenho como presidente.
Lula foi criticado por fazer uma brincadeira com o peso de Flávio Dino e foi tachado como gordofóbico.