BREGA

As melhores músicas brega brasileiras de todos os tempos

Uma lista que serve como guia para corações entregues e apaixonados em pleno dia de Santo Antônio

Odair José.Créditos: Divulgação/Bernardo Guerreiro
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Elas são irresistíveis. Por mais que se diga preferir Chico Buarque, Tom Jobim ou Milton Nascimento, em um momento ou outro da vida o ouvinte sempre se entrega. São canções derramadas, que não têm vergonha nem medo da paixão e muito menos do sofrimento. São as canções brega.

O termo, apesar de já ter sido usado de forma pejorativa, hoje é celebrado como parte importante da cultura popular brasileira. Vários cantores e compositores são festejados com orgulho como reis do brega. Entre eles Reginaldo Rossi, Amado Batista, Odair José, Wando, Waldick Soriano e, é claro, o rei Roberto Carlos.

Algumas delas, mesmo vindas de um outro universo, por conta do romantismo exagerado, acabaram sendo involuntariamente incorporadas ao gênero. Um caso clássico é a canção “Menina Veneno”, de Ritchie e Bernardo Vilhena, um sucesso retumbante da década de 80.

O Rei

Outro que muitas vezes é mais associado à MPB, Jovem Guarda e música romântica também não escapa do brega é o rei Roberto Carlos. Alguns de seus maiores e mais irresistíveis sucessos são extremamente bregas. Entre elas estão, é claro, “Detalhes” e também “Cama e Mesa”, as duas dele em parceria com o Tremendão Erasmo Carlos.

Outro clássico, que emplaca canções em qualquer lista do gênero é o indefectível Reginaldo Rossi. Do seu repertório se destacam, entre muitas outras, “Garçom” (Reginaldo Rossi); "Quando Você Foi Embora" (Ladjane e Reginaldo Rossi) e também a impagável “Mon Amour, Meu Bem, Ma Femme” (Cleide).

Precursor

Pensar em canção romântica, no brega, e não lembrar dele é um pecado. Odair José é, não só um dos precursores do gênero, como também um dos seus mais talentosos compositores. Pelo menos dois de seus sucessos são absolutos e entram em qualquer lista das melhores. “Vou tirar você desse lugar” (Odair José) é das melhores. Outra do mesmo autor que entra em qualquer antologia é Uma Vida Só (Pare de Tomar a Pílula) dele com Ana Maria.

A lista é enorme. “Princesa” (José Fernandes) é um grande acerto de Amado Batista, outro craque do brega. E, por falar em craque, impossível não lembrar das guarânias do inesquecível Waldick Soriano. De seu repertório, entre tantas, se destacam “Paixão de um Homem” e, obviamente, “Eu não sou Cachorro Não”, as duas compostas pelo próprio.

“Quando tão louca, me beija na boca, me ama no chão”, os versos da canção “Fogo e Paixão”, de Rose, foram eternizados por outro rei do brega, o mineiro Wando, um clássico!

Borbulhas de Amor

Já o cearense Fagner é outro que transitou por várias tendências da nossa música, mas invariavelmente é lembrado por vários sucessos brega. Entre eles se destaca a canção “Borbulhas de Amor”, versão de Ferreira Gullar para “Borbujas de Amor”, do dominicano Juan Luis Guerra.

No final das contas, impossível não falar do brega sem lembrar Fernando Mendes e sua incomparável “Você Não me Ensinou a te Esquecer” (Fernando Mendes, José Wilson, Lucas), regravada, entre outros, por Caetano Veloso.

A lista é interminável e pode e deve ser completada. E você, caro leitor, resiste a uma canção romântica, dessas bem brega? Coloque a sua preferida aqui.

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