YAMANDU COSTA

Yamandu Costa é denunciado por agressão e abuso sexual; ele nega

Violência teria ocorrido durante relacionamento de três meses; denúncia foi feita através da ONG portuguesa Não Partilhes; veja o vídeo

Yamandu Costa.Créditos: Divulgação
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O violonista gaúcho Yamandu Costa, de 45 anos, foi acusado de agressão física, violência psicológica e abuso sexual por uma mulher com quem manteve um relacionamento amoroso por aproximadamente três meses. Em nota oficial, o músico afirmou negar “veementemente o teor das acusações” e se dispôs a colaborar integralmente com as autoridades.

Segundo o Diário do Centro do Mundo (DCM), primeiro veículo a dar a notícia, a denúncia foi feita por Inês Marinho, fundadora da ONG portuguesa Não Partilhes, que combate a divulgação não consensual de imagens íntimas. Inês, que fala em nome da suposta vítima — que optou por não se identificar —, afirma que há testemunhas e laudos forenses confirmando episódios de violência. Segundo ela, em pelo menos duas ocasiões Yamandu teria agredido a mulher e, em outras, cometido abusos sexuais enquanto ela estaria sob efeito de medicamentos para dormir, em estado de inconsciência.

“Ela sofreu violência de ordem física e psicológica ao longo do relacionamento. Quando tomava remédios para dormir, foi abusada sem condição de resistência ou consentimento”, declarou Inês Marinho.

O que diz o músico

Em comunicado, Yamandu Costa expressou “perplexidade e tristeza” com as denúncias. O músico afirmou que “rejeita qualquer tipo de violência” e ressaltou que seus advogados já foram instruídos a tomar todas as medidas legais necessárias para apuração dos fatos.

“Nego veementemente o teor delas, como também repudio qualquer tipo de violência. Aproveito a oportunidade para me solidarizar com as mulheres vítimas de abusos e informar que colaborarei integralmente com as autoridades competentes para o esclarecimento dos fatos”, disse o artista.

Não há denúncia formal ainda

Até o momento, não há confirmação de boletim de ocorrência ou inquérito policial instaurado oficialmente no Brasil. A Polícia Civil do Rio Grande do Sul ainda não se manifestou sobre eventual encaminhamento de diligências. Especialistas lembram que, conforme o artigo 213 do Código Penal, o crime de estupro – incluindo situações em que a vítima está incapaz de consentir – prevê pena de 6 a 10 anos de reclusão, enquanto lesão corporal (artigo 129) varia de três meses a três anos de detenção, dependendo da gravidade.

A ONG Não Partilhes, que tem sede em Lisboa e representação no Brasil, ganhou notoriedade por defender vítimas de divulgação não autorizada de imagens íntimas, mas agora assume a mediação de uma acusação de violência sexual grave. Inês Marinho afirmou que aguarda a formalização de um inquérito para que a vítima possa prestar depoimento e ter acesso às medidas protetivas previstas na Lei Maria da Penha.

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