A briga na Justiça envolvendo o rapper Emicida e Evandro Fióti chocou o universo da música nos últimos dias. Acusações mútuas deram impressão de que o rompimento da parceria entre os irmãos era irreversível.
Porém, uma reviravolta pode mudar o panorama. Ambos formularam, nesta terça-feira (8), um pedido de suspensão do processo judicial que marcaria o fim da união. Portanto, o cenário pode ser revertido.
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Os irmãos, fundadores e ex-sócios da empresa Lab Fantasma, desejam, agora, chegar a um consenso amigável.
Primeiramente, Emicida e Fióti querem que os autos do processo voltem a correr sob segredo de Justiça. O objetivo é evitar vazamentos de informações, que, na avaliação de ambos, poderiam prejudicar o êxito de uma possível reconciliação.
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Relembre o caso
O fim da parceria entre Emicida e Evandro Fióti foi anunciado pelo rapper na sexta (28) e intrigou os fãs. Na terça-feira (1º), vieram à tona novas informações: Emicida acusa o irmão de ter desviado mais de R$ 6 milhões da Lab Fantasma ao longo de 16 anos. A acusação foi apresentada como defesa em um processo no qual Fióti tenta impedir que Emicida tenha controle exclusivo sobre a empresa.
A defesa do cantor sustenta que, entre junho de 2024 e fevereiro de 2025, valores foram transferidos da conta corporativa da Lab Fantasma para a conta pessoal de Fióti. O conflito entre os irmãos teve início em novembro do ano passado, quando Emicida propôs a retirada de Fióti da sociedade. Em dezembro, um acordo foi firmado para formalizar a decisão, mas Fióti sustenta que os compromissos não foram cumpridos.
Em março de 2025, Emicida decidiu anular a procuração que dava ao irmão acesso às contas da empresa, o que levou Fióti a processá-lo no início de março, na Justiça paulista, alegando ter sido afastado da gestão sem acordo.
A Lab não é apenas uma marca de roupas, mas também a responsável pelo gerenciamento de carreira de Emicida, Rael e Drik Barbosa. Criada em 2009 pelos irmãos no Jardim Cachoeira, na Zona Norte de São Paulo, a empresa cresceu e se consolidou no mercado.
Os advogados de Emicida dizem que ele sempre exerceu mais poder do que Fióti na empresa. No sábado (29), Emicida oficializou o rompimento da parceria artística com Fióti. “Informamos que, a partir desta data, Evandro Roque de Oliveira (Fióti) não representa mais os interesses da carreira artística de Leandro Roque de Oliveira (Emicida)”, diz o comunicado publicado no Instagram do rapper.
No mesmo dia, o irmão compartilhou com o público o início de uma 'nova fase na sua trajetória musical'. "Após 16 anos à frente da Laboratório Fantasma — grupo empresarial fundado ao lado do irmão Emicida, do qual é sócio, e um dos mais relevantes da cena independente — o empresário e artista Evandro Fióti anuncia o início de uma nova etapa em sua carreira".
A defesa de Emicida alega que 80% dos ativos da empresa vêm da carreira do rapper e que ele optou por manter uma "expressiva parte" de seus ganhos nas contas da Lab Fantasma por conveniência. Emicida declarou à Justiça que a divergência se deve ao fato de o irmão também considerar insuficiente sua remuneração mensal de R$ 40 mil. O músico quer desvincular sua carreira da gestão compartilhada com Fióti.
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