O portal The Hollywood Reporter, considerado o principal meio de informação sobre a indústria do cinema dos EUA, publicou um longo artigo onde afirma que o Oscar 2025 "é a única iniciativa de diversidade que Trump não pode destruir".
Para embasar o seu argumento, a matéria faz uma longa análise dos filmes que concorrem ao principal prêmio do Oscar 2025, o de Melhor Filme, que tem entre os seus concorrentes o brasileiro “Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles e protagonizado por Fernanda Torres, que se tornou um fenômeno de público e crítica nos Estados Unidos.
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Para o colunista Steven Zeitchik, que é uma referência nos EUA para o jornalismo especializado em cinema, "as escolhas dos indicados da Academia na semana passada parecem uma exceção: uma refutação real - e consequente - às mudanças que varrem rapidamente o país".
Dessa maneira, o jornalista usa como exemplo os filmes “Emília Perez” e “Ainda Estou Aqui” e afirma que ambos "falam diretamente sobre a agenda de Trump".
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"Este ano, pela primeira vez, dois dos indicados internacionais ao Oscar também são indicados para Melhor Filme. Um deles, “Emília Perez”, apoiado pela França e ambientado no México, recebeu mais indicações do que qualquer outro filme em língua não inglesa de todos os tempos. O outro, o brasileiro “Ainda Estou Aqui”, foi uma escolha surpresa de melhor filme para muitos especialistas, mas os eleitores votaram de qualquer maneira", analisa.
Em seguida, o colunista afirma que os americanos devem olhar para “Ainda Estou Aqui” como se fosse um espelho a refletir o momento que os EUA vivem sob a gestão de Donald Trump.
"’Ainda Estou Aqui’ é verdadeiramente subversivo, mostrando maliciosamente os perigos de uma deriva para o autoritarismo na ditadura militar de direita do Brasil na década de 1970. Se você não olhar para este espelho histórico e ver um aviso em seu reflexo, você não está olhando com atenção suficiente", escreve Steven Zeitchik.
Por fim, o jornalista afirma que os filmes citados podem fazer a diferença no mundo real e que a América de Trump, que "está sem alma", não é a única.
A íntegra do texto pode ser lida aqui.