O pianista, arranjador e produtor Sergio Mendes morreu nesta sexta-feira (6), aos 83 anos, em Los Angeles, nos EUA, local onde vivia desde a década de 60. A noticia foi confirmada pela família do músico ao jornal O Globo.
Apesar de não ter sido divulgada a causa da morte, Mendes enfrentava doenças decorrentes de problemas respiratórios desde o ano passado.
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Mendes foi um dos maiores responsáveis por internacionalizar a música brasileira. Iniciou sua carreira no período áureo da Bossa Nova, no Beco das Garrafas, no bairro de Copacabana, no Rio de Janeiro, onde conviveu com Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Baden Powell entre outros.
Morava há mais de 60 anos nos Estados Unidos, junto da esposa, a cantora Gracinha Leporace. Por lá, fez turnês com Frank Sinatra e colaborou com outros grandes nomes do jazz, como Herb Alpert e Cannonball Adderley.
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Apesar da carreira longeva, em que chegou a emplacar 14 músicas no top 100 das paradas dos Estados Unidos, seu maior sucesso veio recentemente, com uma regravação da canção "Mas que nada", na voz do autor Jorge Ben Jor.
Ela foi gravada pelo músico pela primeira vez em 1966, no seu álbum de estreia "Herb Alpert presents Sergio Mendes & Brazil '66". e regravada em 2006, com participação do grupo americano de hip hop Black Eyed Peas.
Prêmios
Mendes ganhou um Grammy Awards em 1993, por Melhor Álbum de World Music pelo disco 'Brasileiro', que conta com a participação e várias composições de Carlinhos Brown. Venceu outros dois Grammys Latinos: em 2005 com o Prêmio Excelência Musical da Academia Latina de Gravação e em 2010 com 'Encanto' como Melhor Álbum de Pop Contemporâneo Brasileiro.
Foi indicado ao Oscar em 2012 com a música 'Real in Rio', do filme de animação 'Rio'.
Sérgio Mendes foi tema de um documentário da HBO, em 2021: “Sergio Mendes: no tom da alegria”. Assista abaixo ao trailer:
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