Morreu aos 83 anos, neste domingo (12), no Rio de Janeiro, o ator Paulo César Pereio. Figura icônica em décadas passadas, ele tornou-se um dos atores mais emblemáticos do cinema nacional durante a década de 1970, período em que o cinema brasileiro experimentava grande efervescência criativa e política.
Gaúcho de Alegrete, nascido em 1940, Pereio ficou famoso por seus papéis em filmes do chamado “Cinema Novo” e “Cinema Marginal”, movimentos que buscavam uma linguagem inovadora e muitas vezes contestadora frente ao regime militar vigente na época. A ator trabalhou em filmes notáveis como “Terra em Transe” (1967), dirigido por Glauber Rocha, “Os Fuzis” (1964), de Ruy Guerra, “Toda Nudez Será Castigada” (1972), capitaneado por Arnaldo Jabor, entre outras obras, que ao fim de sua carreira somavam mais de 60 só nas telonas.
Sempre rebelde, além do cinema, Paulo César Pereio também teve uma carreira significativa na televisão, participando de várias novelas e programas. Ele é conhecido por sua voz característica e por interpretações que frequentemente misturam ironia e muita intensidade.
Com um problema hepático sério e que vinha se agravando nos últimos anos, Pereio vivia desde 2020 no Retiro dos Artistas, no Rio, e estava internado no Hospital Casa São Bernardo, na Barra da Tijuca.