Cobrada por muita gente por botar R$ 10 milhões para ajudar na festa do centenário do Itaú, que trará Madonna ao Rio para um show na praia de Copacabana em maio, a prefeitura do Rio mostrou as razões econômicas de seu apoio ao banco várias vezes bilionário.
O show da cantora Madonna, na Praia de Copacabana, no dia 4 de maio, irá movimentar a economia carioca em R$ 293,4 milhões, valor 30 vezes maior do que os R$ 10 milhões investidos pela Prefeitura do Rio em patrocínio. O levantamento feito pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Econômico (SMDUE) em parceria com a Secretaria de Turismo (SMTUR) mostrou ainda que somente com a arrecadação extra do Imposto Sobre Serviço (ISS) do mês de maio o montante aplicado já será recuperado.
Fala na movimentação hoteleira, no número de turistas, tudo isso é sabido. Vai ser um grande evento, como outros que acontecem no Rio.
Mas há cariocas indignados com a necessidade da prefeitura botar R$ 10 milhões numa festa de um banco que SÓ DE LUCRO faturou no ano passado R$ 35,6 bilhões. Dá quase R$ 100 milhões de LUCRO por dia. R$ 10 milhões são duas horas e meia de lucro do Itaú.
Precisa o banco com esse lucro bilionário tomar dinheiro da prefeitura do Rio que poderia ser investido onde se faz necessário?
Por que o Itaú está simplesmente utilizando o maior salão de festas do país, a praia de Copacabana, conhecida no mundo inteiro há quase um século, local do maior Réveillon do mundo, para fazer sua festa de centenário, e a casa de festas ainda paga por isso?!
As razões da prefeitura do Rio explicam mas não justificam, e não respondem a uma pergunta fundamental: sem os R$ 10 milhões da prefeitura a festa não aconteceria no Rio?
O estudo da prefeitura foi feito para provar que o Rio fazia um bom negócio colocando os R$ 10 milhões na festa. Mas o estudo deveria ser outro: precisa o Itaú, banco com o maior lucro do Brasil, de dinheiro da prefeitura do Rio para sua festa?