PEDRO CARDOSO

Pedro Cardoso detona sertanejos: “é a música do fascismo brasileiro”

Ator ainda chamou os cantores de "comerciantes agrícolas brasileiros muito apegados à cultura estadunidense"; alguns responderam. veja o vídeo aqui

O ator Pedro Cardoso.Créditos: Reprodução/Instagram
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O ator Pedro Cardoso, o eterno intérprete do personagem Agostinho, de "A Grande Família", não deixou pedra sobre pedra ao comentar sobre a atual fase da música sertaneja

Ele afirmou em entrevista à rádio Bandeirantes que nem de sertanejo eles devem ser chamados:

"Acho injusto chamar sertanejo. Porque sertanejo é: no 'Rancho Fundo, bem para lá do fim do mundo...'. Isso é sertanejo. Isso cantava os temos do sertão. E agora tem um problema de 'ser corno e não ser corno', de 'minha namorada me largou", disse.

O ator ainda ironizou: "Eu larguei minha namorada, 'a gente se ama, a gente não se ama'. O único assunto que eles têm é uma questão da masculinidade e da fidelidade feminina. Você vai parar de beber. É o único tema que eles têm."

E ainda criticou a grande influência americana que o gênero sofre:

"Eu acho que é uma influência, mais uma vez, estadunidense, esses comerciantes agrícolas brasileiros são muito apegados à cultura estadunidense. São caminhos que o dinheiro vai fazendo para a arte. Não sei se tem algum artista verdadeiro ali", afirmou.

Música do fascismo

"Não sei se tem algum artista verdadeiro ali. Mas, na minha opinião, é uma temática completamente monótona e de baixíssima inspiração. Não é à toa que essa é a música do fascismo brasileiro. É uma música vazia, de interesse teórico, sobre assunto nenhum. É uma música sobre nada, sobre ser corno ou não ser corno", completou.

Respostas à polêmica

Alguns sertanejos responderam as declarações do ator. "O comentário dele é tão inútil quanto o papel que ele representou", disse o cantor Rio Negro, da dupla com Solimões.

Já Hugo Pena, da dupla com Gabriel disse:

"Esses pseudointelectuais sempre com uma análise profunda. Nos diga, grande Agostinho, qual música podemos ouvir? Qual roupa podemos vestir? O que podemos falar?", questionou.