O ator Pedro Cardoso, o eterno intérprete do personagem Agostinho, de "A Grande Família", não deixou pedra sobre pedra ao comentar sobre a atual fase da música sertaneja.
Ele afirmou em entrevista à rádio Bandeirantes que nem de sertanejo eles devem ser chamados:
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"Acho injusto chamar sertanejo. Porque sertanejo é: no 'Rancho Fundo, bem para lá do fim do mundo...'. Isso é sertanejo. Isso cantava os temos do sertão. E agora tem um problema de 'ser corno e não ser corno', de 'minha namorada me largou", disse.
O ator ainda ironizou: "Eu larguei minha namorada, 'a gente se ama, a gente não se ama'. O único assunto que eles têm é uma questão da masculinidade e da fidelidade feminina. Você vai parar de beber. É o único tema que eles têm."
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E ainda criticou a grande influência americana que o gênero sofre:
"Eu acho que é uma influência, mais uma vez, estadunidense, esses comerciantes agrícolas brasileiros são muito apegados à cultura estadunidense. São caminhos que o dinheiro vai fazendo para a arte. Não sei se tem algum artista verdadeiro ali", afirmou.
Música do fascismo
"Não sei se tem algum artista verdadeiro ali. Mas, na minha opinião, é uma temática completamente monótona e de baixíssima inspiração. Não é à toa que essa é a música do fascismo brasileiro. É uma música vazia, de interesse teórico, sobre assunto nenhum. É uma música sobre nada, sobre ser corno ou não ser corno", completou.
Respostas à polêmica
Alguns sertanejos responderam as declarações do ator. "O comentário dele é tão inútil quanto o papel que ele representou", disse o cantor Rio Negro, da dupla com Solimões.
Já Hugo Pena, da dupla com Gabriel disse:
"Esses pseudointelectuais sempre com uma análise profunda. Nos diga, grande Agostinho, qual música podemos ouvir? Qual roupa podemos vestir? O que podemos falar?", questionou.