SÃO PAULO

The Town 2023: Confira os altos e baixos da primeira edição do festival

Filas gigantes, polêmicas e shows memoráveis; veja o balanço do que ficou marcado no evento

Buno Mars foi uma das maiores atrações do festival.Créditos: The Town/Divulgação
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No Autódromo de Interlagos, o festival The Town teve sua primeira edição finalizada no último domingo (10), em São Paulo. O evento, que durou cinco dias ao longo de duas semanas, vendeu aproximadamente meio milhão de ingressos, ficando marcado por grandes shows, chuvas, problemas de espaço e muita fila.

Com isso, a Revista Fórum trouxe um balanço dos piores e melhores momentos do festival. Confira a seguir:

Pontos altos 

Bruno Mars e “Evidências”

Bruno Mars e a dupla sertaneja Xitãozinho e Xororó. Créditos: Reprodução

Aqueles que inicialmente criticaram a escolha de Bruno Mars para encerrar duas noites do The Town tiveram que reavaliar a crítica. Ficando marcada como uma das melhores performances do cantor havaiano, um espetáculo grandioso de Mars era esperado, não apenas por seus sucessos, mas também pelas memoráveis apresentações que fez no Brasil em 2017.

Com performances meticulosamente planejadas, ele apresentou seus sucessos com um nível de execução excepcional, dançou com um gingado contagiante e interagiu bastante com o público em português. Além de fazer a plateia cantar o hit sertanejo “Evidências”, em uma versão instrumental tocada pelo tecladista John Fossitt.

 

Pabllo Vittar

Pabllo Vittar no palco The Town. Créditos: Diego Padilha/Divulgação

Pabllo Vittar, a renomada drag queen, foi indiscutivelmente um dos destaques da primeira edição do The Town. Apresentando sucessos de todas as suas fases musicais, a artista teve a companhia das cantoras Liniker e Jup do Bairro no palco.

Foo Fighters

Foo Fighters. Créditos: Fernando Schlaepfer/Divulgação

O retorno do Foo Fighters ao Brasil no sábado do segundo final de semana foi espetacular. A banda liderada por Dave Grohl, que teve que cancelar sua última visita ao Brasil devido ao falecimento de Taylor Hawkins, proporcionou um espetáculo arrebatador para fãs de todas as idades. Com uma homenagem emocionante ao baterista, o show foi um belo tributo repleto de emoção.

Variedade de artistas nacionais

Criolo e Iza. Créditos: Divulgação

No The Town, a diversidade de artistas brasileiros foi além do convencional. Desde o primeiro sábado, quando Criolo se uniu ao Planet Hemp e dominou a tempestade que se abateu sobre o Autódromo, passando pelo show de Ney Matogrosso no domingo de um dia bastante ensolarado, até a performance de Ludmilla e Gloria Groove, foi uma sucessão de apresentações nacionais que deixam um desejo irresistível nos fãs de reviver cada momento.

Demi Lovato 

Demi Lovato perfomando no The Town. Créditos:Diego Padilha/Divulgação

Um dos destaques mais esperados do primeiro The Town foi a cantora, que proporcionou uma performance de destaque, apesar da chuva fria que caiu no Autódromo de Interlagos no dia 2. A força impressionante de sua voz foi relatada pelos fãs, sendo ainda mais notável sob tais condições.

Bebe Rexha

Bebe Rexha perfomando no The Town. Créditos: Paulo Liv/Divulgação

Bebe Rexha não apenas escolheu uma seleção impecável de hits para a noite do primeiro domingo (3), mas também convidou fãs para compartilhar o palco e dançar com ela — uma estratégia que raramente falha. Além disso, durante a competição de dança, ela mostrou uma clara preferência pelas garotas que subiram ao palco, adicionando um toque extra de emoção ao evento.

Pontos baixos

Falta de acessibilidade

A movimentação entre os palcos e a própria configuração do local tornaram a circulação bastante desafiadora com o Autódromo de Interlagos repleto de gente. Para as pessoas com deficiência, a situação se mostrou ainda mais problemática. Embora o evento tenha apresentado um plano de acessibilidade, parece que ele não foi bem implementado. 

Espaço mal planejado

A experiência de estar no Autódromo durante o The Town foi sufocante para muitas pessoas, devido à densidade de pessoas por metro quadrado. A escassez de espaço no evento resultou em situações de empurra-empurra, que, embora comuns em grandes festivais, não costumam ocorrer nessa magnitude. A limitação de espaço em Interlagos foi uma queixa frequente entre os participantes, que levavam cerca de 40 minutos apenas para conseguir deixar o Autódromo após o último show da noite.

Enormes filas

A aquisição de bebidas no evento foi agravada por uma falta de organização: a compra e retirada das bebidas eram realizadas no mesmo local, o que prolongava o tempo de espera, apesar da eficiência dos funcionários. Como resultado, muitos participantes optavam por comprar duas ou três bebidas de uma vez, exacerbando ainda mais a situação. O caos atingiu tal ponto que, em um determinado momento durante o primeiro final de semana, um dos bares ficou temporariamente sem água para venda.

Iggy Azalea

Iggy Azalea no palco do The Town. Créditos:Divulgação

A apresentação de Iggy Azalea ficou marcada por caos, dublagem e uma produção insatisfatória. O estopim para o acesso de raiva da voz de “Fancy” foi uma crítica publicada no jornal Estadão, que descrevia o show da rapper como “o pior show da edição até então”.