Acontece na noite deste domingo (12) a cerimônia de entrega das estatuetas do Oscar 2023 que, diferente das edições anteriores, chega com uma excelente safra de filmes e não deve ser marcada por grandes surpresas no que diz respeito aos prováveis vencedores.
O extraordinário "Tudo em todo o lugar ao mesmo tempo", dirigido por Daniel Kwan e Daniel Scheinert, chega como o franco favorito e a 95ª edição da Academy Awards deve consagrá-lo, pois, além das suas 11 indicações (incluindo melhor filme e direção), o longa fez uma carreira de sucesso em todos as premiações que antecederam o Oscar e já é o filme mais premiado da história do cinema com 158 prêmios no total.
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O favorito: “Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo”
O filme "Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo" narra a história de Evelyn Wang (Michelle Yeoh), uma mulher que carrega a família nas costas e tem de lidar com duas importantes questões: um dilema moral com a filha e um problema burocrático com a Receita Federal.
A partir do microuniverso de Evelyn, o roteiro de "Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo" se utiliza das teorias do multiverso para tratar de uma série de questões e de possíveis outras experiências de vida para a sua protagonista. Sem perder de vista a sua história central, "Tudo em Todo o Lugar..." consegue discutir questões como sexualidade, choque de cultura e normas familiares.
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A não ser que tenhamos uma grande surpresa, a cerimônia do Oscar 2023 deve consagrar “Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo” com uma chuva de estatuetas. Mas claro, a academia pode surpreender.
As possíveis zebras: “Nada de Novo no Front” e “Os Banshees de Inisherin”
Atrás de “Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo”, aparecem duas produções que podem surpreender na premiação: o alemão “Nada de Novo no Front”, brilhante produção da Netflix que narra os horrores da Primeira Guerra Mundial.
Além de concorrer a Melhor Filme, "Nada de Novo no Front" também está indicado para Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Filme Internacional.
"Os Banshees de Inisherin" chega com potencial de ser a zebra da noite. Assim como "Nada de Novo no Front", "Os Banshees..." recebeu nove indicações, entre elas, Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Roteiro Original, Melhor Ator (Collin Farrell), Atriz Coadjuvante (Kerry Condon) e Ator Coadjuvante que, será disputado por dois atores da produção: Barry Keoghan e Brendan Gleeson.
O filme "Os Banshees de Inisherin" tem a sua grande potência no elenco e no roteiro, que narra a história de dois amigos que rompem e a partir daí uma série de questões são tratadas: solidão, masculinidade e solidariedade.
“Tár” e “Triângulo da Tristeza”
Depois do pelotão dos favoritos, temos dois filmes que podem correr por fora: “Tár” e “Triângulo da Tristeza”.
O longa metragem "Tár", dirigido por Todd Field (que disputa o prêmio de Melhor Direção), narra a história da maestrina Lydia Tár (Cate Blanchet), primeira mulher a comandar a Filarmônica de Berlim.
Com uma atuação deslumbrante de Cate Blanchet (que disputa o Oscar de Melhor Atriz com Michelle Yeoh, de “Tudo em todo lugar...”), "Tár" pode surpreender e arrematar outros prêmios, visto que a produção fez uma boa carreira em outros festivais.
Por sua vez, "Triângulo da Tristeza", que é o queridinho de parte do público cinéfilo, também pode surpreender. Com uma crítica contundente ao modo de produção capitalista, o filme dirigido por Ruben Östlund recebeu a Palma de Ouro no Festival de Cannes.
Azarão: “Os Fabelmans”
“Os Fabelmans”, filme dirigido por Steven Spielberg com ares de autobiografia e que recebeu sete indicações, não deve levar nada para a casa.
Difícil entender por que um filme tão ruim como esse foi indicado para tantas categorias. Longa metragem insosso, não entrega o que promete e destoa completamente dos seus concorrentes.
A cerimônia do Oscar 2023 será transmitida pela TNT e HBO Max a partir das 20h deste domingo (12).