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A frase é do jornalista Marco Aurélio Mello, durante anos editor do Jornal Nacional, demitido junto com Azenha, Rodrigo Vianna e outros que criticavam a linha editorial da Globo ditada pelos Marinho e defendida pelo diretor geral de Jornalismo da época, Ali Kamel.
Marco Aurélio Mello chegou a ter um blog, o DoLaDoDeLá, onde denunciava os bastidores da Globo, mas teve que desativá-lo sufocado por uma enxurrada de processos judiciais.
Foi no blog que ele escreveu esta resenha sobre meu romance Madame Flaubert, que republico a seguir:
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Uma telenovela em que a trama sai das telas e vira drama na vida real. Um Governo que sai do script e é expulso do poder. A atmosfera mágica do Rio de Janeiro, movido a sexo, drogas e ilusões.Neste contexto qual personagem quer ficar restrita ao papel impresso? A todo momento, ora uma, ora outra salta das páginas e ganha vida própria, graças também à imaginação do leitor.Neste caldo é que se esparramam o par "romântico" fracassado, o escritor frustrado - espécie de id do autor -, e mais os sonhadores e picaretas em geral. Haja sofisticação para enredo tão elaborado!Como "bônus track", o livro também vem com referências bibliográficas e trilha sonora, tudo misturado, sem aquele formalismo chato das academias e suas normas de pé de página.Conheci Antonio Mello por acaso. Em 2005, por exigência profissional passei a procurar na internet a vanguarda do pensamento crítico e, entre os blogs que listei, lá estava o do xará, remando contra a maré.Depois que saí da TV Globo e passei a contar o "causos" internos, fosse em ficção, fosse em textos críticos, recebi de Mello uma acolhida especial. Foi quando soube que ele era o marqueteiro dos inimigos políticos da Corte do Cosme Velho.Graças ao mundo virtual, nunca nos encontramos pessoalmente, mas tenho em Mello alguém especial, como se fosse da família. Considerando a coincidência dos sobrenomes quem sabe...É por tudo isso que tenho orgulho em recomendar a leitura de Madame Flaubert, seu primeiro romance. Leitura obrigatória para jornalistas, profissionais de rádio e TV e pessoas inteligentes, que já não aguentam mais a chatice das telenovelas.
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