A atriz carioca Maria Flor foi abordada por um bolsonarista nesta terça-feira (17), enquanto fazia compras no shopping Iguatemi, em São Paulo. De acordo com ela, um sujeito vestido com uma echarpe da Louis Vuitton e roupas de grife a abordou e disse: “oi, você brigou com o Bolsonaro”.
A atriz afirma ter ficado surpresa e perguntado o que ele queria dizer com aquilo. "Ele respondeu: 'Eu vi, você brigou com o Bolsonaro no seu Instagram'", disse. Ela rebateu: "Mas como não brigar com o Bolsonaro?".
Te podría interesar
Maria Flor fez várias críticas ao presidente em 2021, no quadro Flor Pistola, que ela mantinha na rede social.
O sujeito perguntou a seguir de onde era a roupa que ela usava e disse que votaria em Bolsonaro. Ela conta que não respondeu sobre a roupa e diz ter lamentado que ele apoiasse a reeleição do presidente.
Te podría interesar
"Ele me disse uma coisa muito louca, algo como 'do lugar que eu ocupo, eu só posso votar no Bolsonaro'", conta ela.
Maria Flor diz que todo o diálogo "parecia cena de filme" e que ela foi embora pouco tempo depois.
Flor Pistola
A atriz conta que recebeu várias ameaças pelas redes sociais enquanto fez o personagem Flor Pistola, inclusive de pessoas que mandavam mensagens no seu WhatsApp dizendo saber onde ela morava.
"O que eu vivi fazendo a Flor Pistola foi uma coisa muito absurda", diz. Ela afirma ainda que não voltaria a fazer a personagem, pelo menos por enquanto. "Estou com um bebê muito pequeno, não quero essa energia para mim agora", explica.
Maria Flor declara que vai votar no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para presidente e que deseja, de alguma forma, se mostrar ativa durante a campanha.
"Não dá para brincar nesta eleição. Acho que neste momento, no Brasil que a gente está vivendo, não se posicionar é perder a possibilidade de exercer a sua potência, se você tem seguidores e consegue influenciar pessoas", analisa.
"Não dá para brincar nesta eleição, não dá para falar 'ah não sei, não quero me colocar'. Não dá, porque a gente está vendo que o país está quebrado, as pessoas estão muito pobres e muito sem condição de viver, de comer, de existir", encerra.
Com informações da coluna de Mônica Bergamo