Os bolsonaristas continuam abusando da divulgação de notícias falsas e informações que possam confundir as pessoas e prejudicar o ex-presidente Lula (PT) na reta final do segundo turno.
A mais nova mensagem de cunho racista espalhada por apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) atinge o ator Diego Raymond. Foi disseminado pelas redes sociais que Lula havia tirado uma foto ao lado de um traficante do Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro.
Porém, a verdade é que o homem que aparece na foto com o ex-presidente é o ator, que interpreta o papel de um traficante na série "A Divisão", da GloboPlay. Bolsonaristas foram ao Instagram do ator, pegaram fotos dele caracterizado como bandido para a produção e espalharam nas redes.
Diego Raymond teve uma passagem pelo crime em um passado distante, mas foi absolvido das acusações. Ele também é modelo e esportista e tem cerca de 10 mil seguidores no Instagram.
O ator postou a foto com Lula e escreveu uma mensagem em seu Instagram: “O ‘cidadão’ na foto é Diego, ator de série de sucesso (estreia da nova temporada de ‘A Divisão’ prevista para meados de 2023), modelo, atleta de futebol americano e de crossfit, absolvido de todas as acusações e que teve uma origem difícil, como a maior parte dos brasileiros, mas segue a luta diária do preto e pobre. Meu voto é Lula contra essa gente desprezível, contra quem criminaliza a pobreza, pra que a gente possa andar de cabeça erguida na rua sabendo que o pobre e o preto são tratados como iguais e que as histórias das crianças das favelas do RJ vão ser diferentes”.
Convite para ser ator partiu do fundador do grupo AfroReggae
Diego se referiu a um período de sua vida, no qual “caiu no crime”. Porém, se entregou em 2010 e hoje é um ator de sucesso. O convite para participar de série foi feito por José Júnior, produtor e fundador do grupo AfroReggae.
“Quando eu me entreguei para a polícia, o José Júnior foi até a delegacia e me perguntou se eu estava disposto a recomeçar a minha vida e, que se eu tivesse, já teria um emprego com carteira assinada ao sair da cadeia. Quando eu fui libertado, fui trabalhar no AfroReggae, onde fiz diversos cursos. Virei cinegrafista e, por isso, já conhecia os bastidores do audiovisual”, relatou Diego, em entrevista à coluna Splash, no UOL.