Alerj e Governo do RJ estudam comprar Palácio Capanema para evitar "feirão" de Guedes

A ideia é transformar o icônico edifício, joia da arquitetura brasileira, num grande centro cultural em homenagem ao modernismo

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
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Por Agenda do Poder

O governador Cláudio Castro e o presidente da Alerj, André Ceciliano, discutem a possibilidade de o Governo do Rio comprar o Palácio Capanema, com recursos compartilhados entre o Tesouro Estadual e o Parlamento.

A ideia é transformar o icônico edifício, joia da arquitetura brasileira, num grande centro cultural em homenagem ao modernismo, movimento, criado por Oswald de Andrade, que completa 100 anos em 2022. O prédio seria ainda devolvido aos antigos ocupantes, entre os quais a Funarte e a Biblioteca Nacional, que ali manteve, por anos, seu acervo de livros infantis.

Ceciliano lidera articulação entre vários setores da sociedade civil fluminense para impedir a entrega do edifício, ícone da arquitetura nacional, num feirão de imóveis públicos organizado pelo insensato Paulo Guedes. “O importante é evitar o esvaziamento cultural do Rio”,  afirmou o presidente da Alerj ao Blog do Ancelmo Góis.

A assessoria do governador Cláudio Castro acrescentou que será solicitada, imediatamente, reunião com o Ministro da Economia a fim de que se dê início as tratativas para a negociação tripartite entre os governos Federal e do Rio e a Assembleia Legislativa.

Na próxima quarta-feira, 16/08, André Ceciliano se reúne com o ex-presidente do Inepc, a historiador Marcus Monteiro, membro do IHGB, e instituições culturais, e ligadas à arquitetura e ao modernismo, para discutir o assunto.

Construído entre 1937-1945,  o Palácio  Capanema é considerado um marco  da arquitetura nacional. Foi projetado por Lúcio Costa, Carlos Leão, Oscar Niemeyer, Affonso Eduardo Reidy, Ernani Vasconcellos e Jorge Machado Moreira. Tudo feito sob coordenação do arquiteto franco-suíço Le Corbusier.