Por Agenda do Poder
O governador Cláudio Castro e o presidente da Alerj, André Ceciliano, discutem a possibilidade de o Governo do Rio comprar o Palácio Capanema, com recursos compartilhados entre o Tesouro Estadual e o Parlamento.
A ideia é transformar o icônico edifício, joia da arquitetura brasileira, num grande centro cultural em homenagem ao modernismo, movimento, criado por Oswald de Andrade, que completa 100 anos em 2022. O prédio seria ainda devolvido aos antigos ocupantes, entre os quais a Funarte e a Biblioteca Nacional, que ali manteve, por anos, seu acervo de livros infantis.
Ceciliano lidera articulação entre vários setores da sociedade civil fluminense para impedir a entrega do edifício, ícone da arquitetura nacional, num feirão de imóveis públicos organizado pelo insensato Paulo Guedes. “O importante é evitar o esvaziamento cultural do Rio”, afirmou o presidente da Alerj ao Blog do Ancelmo Góis.
A assessoria do governador Cláudio Castro acrescentou que será solicitada, imediatamente, reunião com o Ministro da Economia a fim de que se dê início as tratativas para a negociação tripartite entre os governos Federal e do Rio e a Assembleia Legislativa.
Na próxima quarta-feira, 16/08, André Ceciliano se reúne com o ex-presidente do Inepc, a historiador Marcus Monteiro, membro do IHGB, e instituições culturais, e ligadas à arquitetura e ao modernismo, para discutir o assunto.
Construído entre 1937-1945, o Palácio Capanema é considerado um marco da arquitetura nacional. Foi projetado por Lúcio Costa, Carlos Leão, Oscar Niemeyer, Affonso Eduardo Reidy, Ernani Vasconcellos e Jorge Machado Moreira. Tudo feito sob coordenação do arquiteto franco-suíço Le Corbusier.