Cinemateca: Coletivo de artistas pede prisão de Mario Frias

No momento em que um dos prédios da Cinemateca queimava, o secretário de Cultura de Bolsonaro estava em Roma; nas redes, ele responsabilizou o PT pelo incêndio

Mario Frias - Foto: Reprodução
Escrito en CULTURA el

O Coletivo 342 Artes, formado por artistas brasileiros, levantou a hashtag #MarioFriasNaCadeia, para pedir a responsabilização do secretário Especial de Cultura de Jair Bolsonaro, Mario Frias, pelo incêndio na Cinemateca Brasileira, em São Paulo. A campanha chegou aos assuntos mais citados no Twitter.

No momento em que um dos prédios da Cinemateca queimava, o ministro do Turismo, Gilson Machado, e seu subordinado, Mario Frias, que deveria cuidar especificamente da área, estavam em Roma.

https://twitter.com/342Artes/status/1421206776373030915

A iniciativa contou com a adesão de inúmeros artistas, como Emicida, Paula Lavigne, Luisa Arraes, Cissa Guimarães, Gregório Duvivier, entre outros.

https://twitter.com/emicida/status/1421239408309805059

https://twitter.com/PaulaLavigne/status/1421207043466268676
https://twitter.com/LuisaCavArraes/status/1421224316352466949
https://twitter.com/cissa_guimaraes/status/1421234685032779777
https://twitter.com/gduvivier/status/1421248540790165506

De acordo com os funcionários da Cinemateca, o incêndio era uma tragédia anunciada devido ao descaso com a instituição.

Na sexta-feira (30), Frias se manifestou, via Twitter, e piorou sua situação. De forma ridícula, ele responsabilizou o PT pelo incêndio, dizendo que “recebemos a Cinemateca, uma das heranças malditas do governo apocalíptico do petismo”.

O órgão está sem gestor desde 31 de dezembro de 2019. Na oportunidade, o então ministro da Educação, Abraham Weintraub, anunciou que não renovaria o contrato com a organização social Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto, responsável pela administração.

Estrangulamento financeiro

Nas mãos do governo Bolsonaro, um dos maiores patrimônios da cultura brasileira foi largado. Em julho de 2020, o Ministério Público Federal (MPF) apresentou ação contra a União, alegando que a Cinemateca estava sob “estrangulamento financeiro e abandono administrativo”.

Com informações do Metrópoles