Afirmando que teve que separar a figura pública da mãe para dar sobrevivência à relação com Regina Duarte, ex-secretária de Cultura do governo, a atriz Gabriela Duarte criticou duramente Jair Bolsonaro (Sem partido) em entrevista à Mônica Bergamo, na edição deste domingo (11) da Folha de S.Paulo, dizendo que o presidente provocou um "desastre humanitário" no Brasil.
“É óbvio que a gente já sabia muitas coisas da forma como ele pensava, mas a forma como esse cara conduziu o governo é um desastre, realmente. Um desastre humanitário", diz a atriz, que não se arrepende de ter anulado o seu voto no segundo turno das eleições presidenciais em 2018 - no primeiro, votou em Ciro Gomes (PDT).
Em relação à mãe, Gabriela disse que foi "um modo de sobrevivência" separar Regina da figura que ocupou brevemente o comando da Cultura no governo.
“Ela tem o meu apoio para o que ela quiser fazer na vida. Se eu concordo ou se eu não concordo, isso realmente não importa”, disse Gabriel, afirmando que "não dá para voltar, não dá para avaliar ou ficar sofrendo nem pelo passado nem pelo futuro”.
Bolsonaro
Gabriela disse ainda ter ficado emocionada ao tomar a vacina e que "a ficha ainda não caiu" sobre a morte do amigo Paulo Gustavo por Covid.
“É trágico. Não temos uma liderança honesta, clara, que se preocupe com a vida", disse criticando novamente Bolsonaro.
A atriz ainda afirma que tem "muita fé" que a arte vai se reinventar com o fim da pandemia. "A arte e a cultura estão acima do tempo e elas irão se reerguer. Isso está acima de qualquer coisa, de qualquer ideologia".