A cantora Karol Conká afirmou durante entrevista publicada na Folha Ilustrada desta terça-feira (8) que toda a raiva que caiu em cima dela depois de sua participação no BBB deveria ser canalizada sobre o governo do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) e sua postura durante a pandemia.
“Isso merece o gasto de energia para ir às redes ou às ruas e protestar. Nossa raiva tinha que ser canalizada para isso. Então, estou de mão dada aí com todo mundo que é fora morte, fora Bolsonaro. Estou na torcida para que o milagre aconteça”, afirmou.
Ainda sobre o ódio, a cantora afirmou ser “algo transparente, que só preto enxerga. Você não pode errar, não pode encostar na prateleira, senão vão achar que está roubando. Quando essa diva sai do trilho, você vê que não existe esse acolhimento todo”.
Karol Conká comentou também sobre a falta de solidariedade que recebeu do movimento negro:
“Uma das maiores decepções que tive comigo mesma foi perceber o quanto tinha deixado de lado essa questão da minha ansiedade, que reverberou da pior forma”, contou. “Eu ia falar ‘cadê a sororidade, cadê o movimento negro em massa?’. Não é passar a mão na cabeça, mas demonstrar apoio para o irmão que errou. Por que, quando um branco erra, a gente vê isso em massa nas redes sociais?”
“É como se nem preta eu fosse mais”, acrescenta a cantora, que conta que foi chamada de racista porque brigou com outro participante negro, Lucas. “Comunidades brigam entre si, pretos brigam entre si.”
Karol disse ainda não ter orgulho de saber que suas rusgas no BBB levaram o reality a picos de audiência. “Isso mostra o quanto as pessoas amam odiar”, afirma.
Com informações da Folha Ilustrada