O cantor e compositor Sérgio Ricardo morreu, na manhã desta quinta-feira (23), aos 88 anos, no Hospital Samaritano, na Zona Sul do Rio. A informação foi confirmada pela filha do músico, Adriana Lutfi, que não soube informar a causa da morte.
Sérgio Ricardo surgiu no período da Bossa Nova, mas prosseguiu compondo, gravando discos e fazendo trilhas para cinema, entre elas as dos filmes “Deus e o diabo na terra do sol” e “Terra em transe”, de Glauber Rocha.
Foi autor de vários sucessos como “Zelão”, “Pernas”, “Beto bom de bola” e “Ponto de partida”.
Sérgio Ricardo foi eternizado pelo episódio em que quebra seu violão no Terceiro Festival de Música Popular Brasileira, da TV Record de São Paulo, em 1967, e joga na plateia após ser vaiado enquanto apresentava a canção “Beto bom de bola”. A cena é mostrada no documentário "Uma noite em 67" (2010), de Ricardo Calil e Renato Terra.
Sérgio Ricardo nasceu em Marília (SP), em 18 de junho de 1932, batizado como João Lufti. Começou a estudar música aos 8 anos no conservatório de música da cidade.
Iniciou a carreira profissional como pianista em casas noturnas em 1950 no Rio de Janeiro, onde conheceu Tom Jobim e começou a compor e cantar.
Sérgio Ricardo também participou, em 1962, do histórico Festival de Bossa Nova, no Carnegie Hall de Nova York (EUA), ao lado de Carlos Lyra, Tom Jobim, Roberto Menescal, João Gilberto e Sergio Mendes, entre outros.
Em 1960, gravou o LP "A bossa romântica de Sérgio Ricardo", lançado, com destaque para a canção "Pernas". Fez sucesso também com músicas como “Zelão”, “Beto bom de bola” e “Ponto de partida”.
Com informações do G1