O historiador Luiz Antônio Simas, que é autor de 18 livros sobre sambas, carnavais e macumbas, prêmio Jabuti de livro do ano de não ficção/2016 e também compositor de algumas canções brasileiras, está no sambódromo do Rio de Janeiro acompanhando o desfile das escolas de samba.
Ele fez uma sequência com as suas impressões sobre a madrugada de domingo (23) para segunda-feira, o primeiro dia de desfile. Leia abaixo:
1 - Minhas brevíssimas impressões: Estácio - bom gosto da Rosa. Aquela bateria acelerada de sempre. Luta para ficar. 2 - Viradouro - chão espetacular. Canto sustentado por ótima (eu gostaria que viesse um pouco mais pra trás) bateria. Melhores chocalhos da noite, fácil.
3- Mangueira - apuro estético, melhor comissão de frente, alegorias impactantes (lindo conjunto de Cristo em Jerusalém!). Bateria brincou no timbal! Adorei os pratos no contratempo. Samba menos cantado que o da Viradouro. Algumas alas pareciam sentir o peso dos adereços de mão.
4 - Tuiuti - bom trabalho de barracão do João Vitor. Muito bom. Toda embananada - novamente - nos quesitos de chão. 5- Grande Rio - Grande trabalho dos carnavalescos! Minuciosos e precisos. Erros seríssimos de evolução. Bizarros! Belo visual, mas desfilar vai muito além disso.
6- União da Ilha - Ridículo. Louve-se o trabalho da bateria (e como canta a Ilha!) em meio a um show de horrores que tentou emular Beija-Flor/2018 e foi apenas constrangedor. Não vejo como ficar no grupo. Erros primários de evolução.
7 - Portela - Grande chão! Evolução e harmonia perfeitas, bateria exuberante. Belo trabalho de cores dos Laje. Não gostei da comissão de frente e da última alegoria, que destoou. Não vi a exibição do casal. Muito melhor que 2019, mas para título me parece faltar uma pimenta.