O guitarrista dos Rolling Stones, Keith Richards, afirmou em entrevista à revista The Sun publicada, na semana passada, que enfrenta a pandemia da Covid-19 em sua casa, em Connecticut, nos EUA, ao lado da sua esposa, Patti, e das filhas do casal, Theodora e Alexandra.
Richards disse ainda que está sem fumar e beber e tem caminhado em seu jardim ocasionalmente.
O guitarrista afirmou que a pandemia nivelou a todos, tanto as celebridades quanto as pessoas comuns. Ele disse ainda que tem muitas saudades de fazer o que mais gosta, ou seja, gravar novas músicas e tocar ao vivo.
“Eu esperava trabalhar muito este ano e geralmente tenho aquela sensação, ‘OK, abra a gaiola! ’. Eu estava quase pronto quando bateram a porta na minha cara”, afirmou.
“Tem sido uma sensação muito estranha, mas tenho certeza de que todo mundo é afetado da mesma forma”, disse.
Richards revelou que ele e Mick Jagger mantem contato, mas com os outros Stones nem tanto. “Mick e eu conversamos talvez uma vez por mês, Ronnie ocasionalmente. Charlie (Watts) nunca fala ao telefone, mas nos comunicamos por linguagem de sinais”.
Ele acrescenta que Jagger e Wood estão “aguentando firme, cara, assim como o resto de nós. Quero dizer, todo mundo está apenas tentando usar suas máscaras, lavar as mãos e se distanciar socialmente. . . você tem que rir de verdade, não é?"
O confinamento também deu a Richards tempo para refletir sobre o impacto da morte horrível de George Floyd e os protestos que se seguiram.
“Isso fez as pessoas perceberem que essas coisas não podem ser deixadas por aí fervendo em banho-maria para sempre. Eles precisam ser resolvidas”, desabafa.
Para ele, “esta pandemia aumentou a extensão do problema, mas provavelmente acelerou o progresso”.
Para o músico, cujos heróis desde os seus primeiros dias foram grandes artistas negros como Muddy Waters, Solomon Burke, Chuck Berry e Jimmy Reed, ele considera o racismo desconcertante.