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A escritora Conceição Evaristo e o DJ Rennan da Penha, dois personagens icônicos da cultura e da militância negra apareceram como exemplos para os jovens das periferias na novela “Bom Sucesso”, da TV Globo.
Na trama, que tem como um dos núcleos principais uma editora de livros, a personagem Alice (Bruna Inocencio) é uma escritora negra, moradora do bairro carioca de Bonsucesso que lança seu primeiro livro.
No capítulo de segunda-feira (20), no trem, a caminho do lançamento, protagonistas da novela fazem um Slam e são surpreendidos por Rennan. O músico, que também é produtor e foi responsável pela explosão do Funk 150 BPM, oferece uma oportunidade de emprego ao personagem Luan.
Já no lançamento, em cena que foi ao ar nesta terça-feira, a escritora Conceição Evaristo comparece e emociona a todos. No diálogo com a filha de Paloma (Grazi Massafera), a escritora disse: "Não iria perder a oportunidade de estar aqui com uma escritora negra e tão jovem que está aí para continuar os nossos caminhos".
Na sequência, Alice continuou: "Que honra! Você é uma referência! A minha professora Francisca (Gabriela Moreyra) me emprestou um livro seu, Olhos D'água, foi uma inspiração para mim".
Conceição Evaristo
Com uma trajetória parecida com a da personagem da novela, Conceição Evaristo é de origem humilde. Cresceu em uma família com nove irmãos e teve que trabalhar como empregada doméstica para pagar os estudos. Ativista do movimento negro, é mestra em Literatura Brasileira pela PUC-Rio, e doutora em Literatura Comparada pela Universidade Federal Fluminense.
DJ Rennan da Penha
O DJ Rennan da Penha conseguiu um habeas corpus do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em dezembro. Absolvido em primeira instância e condenado por associação para o tráfico, o jovem estava preso desde abril no presídio Bangu 9, no Complexo de Gericinó, Zona Oeste do Rio.
O pedido de soltura foi protocolado pela defesa, logo após o Supremo Tribunal Federal (STF) mudar em julgamento o entendimento sobre a prisão após condenação em segunda instância.
Em março, Renan Santos da Silva foi condenado 6 anos e 8 meses em regime fechado. Ele havia sido absolvido das acusações em primeira instância, mas o Ministério Público do Rio recorreu e a Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio acatou o pedido e o condenou em segunda instância.