Meio século depois de ter atores espancados, “Roda Viva” ainda recebe ataque de ovos, urina e frutas

O diretor Zé Celso quase foi atingido, no último sábado, por um ovo arremessado de um apartamento do prédio ao lado do Teatro Oficina durante apresentação

Teatro Oficina em São Paulo. Foto: Jennifer Glass / Divulgação
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De acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, 51 anos depois do espetáculo “Roda Viva”, de Chico Buarque, ter sido invadido e depredado por um grupo de extrema direita, o diretor Zé Celso quase foi atingido, neste sábado (7), por um ovo arremessado de um apartamento do prédio ao lado do Teatro Oficina durante apresentação. O teto retrátil do teatro foi fechado imediatamente após o ataque. Se você curte o jornalismo da Fórum clique aqui. Em breve, você terá novidades que vão te colocar numa rede em que ninguém solta a mão de ninguém A assessoria do teatro afirma que foi a primeira vez que a peça recebeu ovada do prédio vizinho. “Urina e frutas são mais recorrentes”. A equipe do teatro planeja marcar ainda essa semana uma conversa com moradores do edifício para apaziguar os ânimos. Ataques fascistas A sala Galpão, no Teatro Ruth Escobar, em São Paulo, foi invadida, em junho de 1968, no final da encenação da montagem "Roda Viva", de Chico Buarque. Um grupo de homens portando cassetetes e socos-ingleses entrou no local destruindo poltronas, equipamentos elétricos e até camarins. Integrantes da peça, entre eles as atrizes Marília Pêra e Walkíria Mamberti, foram brutalmente agredidos pelos invasores.