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A produção do musical "O Fantasma da Ópera" foi denunciada pelo Sated, o Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos e Diversões do Estado de São Paulo, por abusos trabalhistas.
De acordo com as denúncias, a produtora T4F (Time for Fun) não tem aceitado atestados médicos e, quando artistas atrasam, têm uma diária completa descontada dos salários.
Além disso, a produção estaria pagando apenas 50% dos salários durante os ensaios. A lei que regulamenta a profissão, nº 6.533, de 1978, diz que o ensaio deve ser computado como trabalho efetivo.
Outra denúncia é que pessoas sem DRT (registro profissional) estariam trabalhando na produção. No caso de técnicos, que cuidam de itens como maquinaria, isso poderia trazer riscos, diz Dorberto Carvalho, presidente do Sated.
Segundo ele, o órgão foi há duas semanas ao Teatro Renault, onde o espetáculo faz temporada, para fiscalizar as condições de trabalho. Mas teria sido impedido de entrar.
"Arrisco dizer que um trabalhador metalúrgico tem melhores condições de trabalho que um ator do musical", diz Carvalho.
Procurada pela Folha, a T4F afirmou que questões como salários de ensaios, apresentações, além de dias e horários trabalhados "são tratadas exclusivamente pela direção e produção do espetáculo, em termos que são previamente informados a todas as partes envolvidas no musical".
Com informações da Folha