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O cantor e compositor cearense Raimundo Fagner, apoiador de primeira hora de Jair Bolsonaro e crítico contumaz da Lei Rouanet, terá a história da sua vida contada na biografia “Quem me levará sou eu”, elaborada com recursos captados através da própria lei.
Em entrevista ao Globo, em 2013, por ocasião das comemorações dos seus 40 anos de carreira, Fagner disse: “Quem me segura é o povo, nunca achei que devesse recorrer a lei de incentivo. Lei é para quem não tem grande vínculo com a massa, pra artista que está começando. Eu tenho vínculo com a massa. No dia que isso acabar, em que o povo não me quiser mais, tô fora”, completou.
[caption id="attachment_167773" align="alignnone" width="288"] Foto: Reprodução[/caption]
Sobre o assunto, o cantor se limitou a dizer: “Quando olhei, a cena já estava feita, não tive muito o que fazer. Mas não gostei e reclamei”, explica, apesar de tudo ficar por isso mesmo.
Sangria vermelha
Sobre o governo Bolsonaro, do qual é apoiador desde sempre, Fagner disse: “entusiastas, todos nós éramos para que surgisse algo que estancasse um pouco essa sangria vermelha. Eu acho que ele está indo bem. Essas histórias paralelas, de filho, isso não depende dele. Acho que o Bolsonaro tem escolhido pessoas que estão fazendo diferente do que vinha sendo feito, e era essa a expectativa. Ele está tocando como prometeu, como falou quer ia tocar, e alguma coisa que não dá certo no meio, de entrar alguém e sair alguém, me parece natural”, encerrou.
A biografia de Fagner foi escrita pela jornalista Regina Echeverria, a mesma de “Furacão Elis”. O livro tem o título “Quem me levará sou eu”, nome de canção de Dominguinhos e Manduka defendida, em 1979, pelo cantor em um festival. Seu lançamento será em abril.
Com informações do Globo