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Artistas do coletivo "És uma Maluca", em sinal de protesto e resistência, resolveram encenar na tarde desta segunda-feira (14) a performance que faz referência à tortura no período da ditadura militar que foi censurada pelo governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel.
A apresentação foi feita na parte de fora da Casa França-Brasil, equipamento de Cultura do estado onde a performance estava previsa para acontecer antes do veto do governador. A apresentação previa a interação de artistas nus sobre a obra “A Voz do Ralo é a Voz de Deus”, com milhares de baratas de plástico, inspirada em um conto do escritor Rodrigo Santos que fala sobre uma mulher torturada durante a ditadura militar. Nas sessões de tortura, baratas eram introduzidas em sua vagina.
A censura foi anunciada pelo curador da mostra, Álvaro Figueiredo, em post no Faceboook. “Exposta! Fecharam nossa exposição um dia antes da data oficial como forma de impedir que as performances da finissage acontecessem. Comuniquei com antecedência o teor das performances à direção da Casa, foi autorizado e ontem à noite enviaram esse comunicado. Esse é o governo que temos. A arte vai sobreviver à censura”, disse Figueiredo, que publicou imagem do comunicado. Saiba mais aqui.