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Entre seus livros mais conhecidos, destacam-se Cem Anos de Solidão e O Amor nos Tempos do Cólera
Por Redação, com informações da Agência Brasil
Rodeado de parentes e amigos, morreu na tarde desta quinta-feira (17), na Cidade do México, o escritor colombiano Gabriel García Márquez. Ganhador do Prêmio Nobel de Literatura de 1982, o escritor e jornalista faleceu em casa, aos 87 anos.
Gabo, como era conhecido, ficou internado durante um mês, por conta de uma pneumonia e e infecção pulmonar. O escritor chegou a receber alta e estava lutando contra um câncer linfático, que o acometeu em 1999. Outro problema de saúde do ganhador do Nobel era uma "demência senil", que lhe trouxe problemas de memória. O escritor era casado desde 1958 com Mercedes Bacha Pardo e teve dois filhos, Rodrigo e Gonzalo.
Cem Anos Solidão é a obra mais conhecida de Garcia Marquez. Traduzida para 35 idiomas e com mais de 50 milhões de exemplares vendidos. A história das gerações da família Buendía se passa na aldeia de Macondo, que aparece em outras de suas obras. O livro é considerado um dos mais importantes do Realismo Fantástico, gênero que se espalhou pela América Latina na segunda metade do século XX.
Sobre o movimento, Gabo disse. "É só realismo. A realidade é que é mágica. Não invento nada. Não há uma linha nos meus livros que não seja realidade. Não tenho imaginação."
Outros título se destacaram na obra do colombiano como "O amor nos tempos de Cólera", "Ninguém escreve ao coronel", "Crônica de uma morte anunciada" e "Memórias de minhas putas tristes". O Nobel de Literatura, em 1982, veio pelo conjunto da obra.
Para o coordenador das Edições Toró, historiador e mestre em educação pela Faculdade de Educação da USP, Allan da Rosa, Gabo "conseguia com facilidade, trazer o pitoresco do fato, mas amarrado na normalidade do cotidiano". O primeiro livro de Garcia Marquez que Allan leu foi "Relato de um Naufrágo". "É um livro que ele escreve como periodista, conta a história de um cara que sobrevive por 14 dias depois de um navio da Marinha colombiana virar no mar. O presidente à época transforma os sobreviventes em herói. Aí, também, ele mostra sua ligação com a América Latina, que gosta dessas jogadas populistas, gosta de um herói nacional", finaliza o educador.
*Com informações das agências Notimex e Télam