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Em entrevista à revista Fórum e ao Outras Palavras, o fundador do FdE se defende de críticas e acusações recebidas na semana passada
Por Redação
[caption id="attachment_28761" align="alignleft" width="300"] Capilé concedeu entrevista exclusiva ao Outras Palavras e Revista Fórum (Foto: Vimeo)[/caption]
A revista Fórum e o Outras Palavras receberam Pablo Capilé, fundador do Fora do Eixo (FdE), para uma entrevista que durou duas horas e meia, no último domingo (11). O produtor cultural foi entrevistado por Renato Rovai e Antônio Martins e falou a respeito das críticas que o coletivo têm recebido na última semana.
Desde a participação de Bruno Torturra e Capilé no programa Roda Viva, da TV Cultura, no último dia 5 de agosto, para falar da experiência com o Mídia Ninja, o FdE passou a ser alvo de ataques de alguns ex-integrantes e de artistas ligados aos eventos do grupo. Capilé explicou que, apesar de ter dez anos de existência, o Fora do Eixo segue em processo de conhecimento e evolução e lembrou que o coletivo “é um dos projetos mais debatidos nos últimos quatro anos [no Brasil]”.
O fundador da rede afirmou que apontamentos feitos sobre as relações sociais e de trabalho dentro das casas que servem como sedes do FdE já são debatidos internamente. “Algumas delas nós já fazemos há algum tempo, nós vamos sacando, por exemplo, esse viver coletivamente, que vai se aperfeiçoando.”
O fundador do coletivo justificou que a alta demanda de trabalho, reclamada por ex-integrantes e críticos do grupo, ocorre porque o FdE atua em diversos projetos e que isso já está sendo repensado. “A gente abre um monte de portas e precisa trabalhar para dar conta dessas portas. É uma avaliação crítica pensar com quantos parceiros nós vamos trabalhar, com a distribuição dos trabalhos, estamos fazendo essa avaliação.”
A cineasta Beatriz Seigner reclamou publicamente de uma dívida de R$ 900 que a FdE teria com ela. Capilé confirmou o débito e disse que o passivo com os artistas que prestam serviços ao coletivo “não passa de R$ 10 mil, R$ 15 mil.” Ainda sobre cachês artísticos, afirmou que o suposto não pagamento por parte do FdE seria um “meme”, embora reconheça que existem dificuldades comuns para boa parte dos organizadores de festivais de música.“Não dá para pagar o que a rede Sesc paga para um artista.”
O fundador do Fora do Eixo também afirmou que muitas das críticas feitas ao grupo foram “capturadas por uma direita raivosa” que “tenta desqualificar o sistema de proteção que nós criamos”, fazendo referência a textos publicados na internet e na edição impressa da revista Veja.
Veja entrevista completa: