Um levantamento realizado pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), com informações de suas 94 subsedes e da comunidade escolar, identificou uma nova “explosão” de casos de Covid-19 na rede estadual de ensino.
A amostragem, que contabiliza os números desde o dia 11 de maio, aponta o registro de 362 casos de infecção, em 55 escolas, enquanto, na quarta-feira (25), eram 121 casos, em 15 escolas.
O dado, parcial, demonstra que o número pode ser infinitamente maior, considerando que a rede estadual possui 3.700 escolas e que o levantamento depende da informação passada pelos professores às subsedes.
A Apeoesp vem recomendando aos profissionais da educação e a todos os que frequentam as escolas que usem máscaras de proteção e tomem todos os cuidados sanitários recomendáveis na pandemia.
Além disso, a entidade cobra da Secretaria Estadual de Educação a retomada dos protocolos sanitários em todas as escolas.
A Apeoesp orientou suas 94 subsedes a realizar a fiscalização das unidades escolares, notificar os casos e exigir suspensão das aulas e demais providências nas instituições onde forem identificados casos da doença.
“O certo seria exigir a entrada na escola com máscara”, diz Professora Bebel
A presidenta da Apeoesp e deputada estadual, Professora Bebel (PT-SP), afirma que, apesar da campanha pelo uso da máscara realizada pela entidade, é difícil convencer alunos e funcionários sem que haja obrigatoriedade, que, segundo ela, deveria ser imposta pelo governo estadual, em meio ao número crescente de casos de Covid-19.
“O certo seria exigir a entrada na escola com máscara. Tem que ser assertivo. Se o aluno não tiver uma, a escola, o governo tem que dar”, declarou Bebel, que tem buscado, sem sucesso, se reunir com a Secretaria de Educação para discutir o assunto.
Os resultados do levantamento estão disponíveis no site da Apeoesp e são atualizados diariamente.