Uma semana depois de o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, dizer que quer ser lembrado como o “homem que acabou com a pandemia”, o Brasil voltou a bater mil mortes por Covid-19 em 24h. Essa marca, que aparece em meio à campanha antivacina promovida pelo governo Jair Bolsonaro, não era atingida desde agosto do ano passado.
Segundo dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) divulgados nesta quinta-feira (3), o país registrou, somente nas últimas 24 horas, 1.041 mortes em decorrência da doença.
Trata-se do maior número de óbitos em um único dia registrado desde 17 de agosto de 2021, quando foram contabilizadas pelo Conass 1.106 vítimas fatais. Ao todo, desde o início da crise sanitária, 630.001 pessoas morreram após serem infectadas pelo Sars-Cov-2.
Nas últimas 24 horas foram contabilizados 298.408 novos casos de Covid-19, um recorde desde o início da pandemia. A proporção entre casos e mortes é bem mais baixa do que o registrado anteriormente.
Apesar de o Conass não trazer esse dado em nível nacional, as secretarias de saúde de alguns estados apontam que o número de óbitos é formado principalmente por pessoas não vacinadas.