A nota técnica do ministério da Saúde com tabela que comparava vacina com hidroxicloroquina foi editada. Uma nova versão da nota, assinada pelo secretário olavista Hélio Angotti Neto na noite de segunda-feira, retirou a tabela que trazia a comparação entre as tecnologias.
No item 4.17 que fala sobre "Assimetria no rigor científico dedicado a diferentes tecnologias", o secretário manteve, no entanto, menção ao requerimento que coloca a vacina como uma tecnologia sem efetividade e segurança comprovadas, com alto custo e financiada pela indústria.
O requerimento traz afirmações opostas no caso da hidroxicloroquina.
"Considerando que determinados aspectos da NOTA TÉCNICA Nº 2/2022-SCTIE/MS (0024896684) ensejaram incorretas interpretações, para fins de melhor esclarecimento e no intuito de promover maior clareza, opta-se por sua revisão procedendo-se a exclusão da Tabela intitulada 'Tabela 1 – Tecnologias em saúde propostas para COVID-19 e respectivas informações usualmente relevantes para suas eventuais recomendações', que constava no item “4.17 Assimetria no rigor científico dedicado a diferentes tecnologias”, tornando sem efeito a NOTA TÉCNICA Nº 2/2022-SCTIE/MS", diz o novo documento.
Capitã cloroquina
A Secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Mayra Pinheiro, conhecida como "capitã cloroquina", teve participação no documento do ministério que relativizou a eficácia de vacinas contra Covid-19, ao mesmo tempo em que assegurava a eficácia da hidroxicloroquina.
A nota assinada pelo secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Hélio Angotti Neto, na qual há afirmação de que vacinas não têm efetividade contra Covid-19, mas hidroxicloroquina tem, usou como base requerimento, cujo cabeçalho traz a assinatura da SGETS, comandada por Mayra Pinheiro. O documento foi encaminhado a Angotti em novembro.
Com informações do Globo