A produção da CoronaVac, vacina do Instituto Butantan contra a Covid-19, está paralisada desde agosto de 2021 e só será retomada sob encomenda.
De acordo com determinação da instituição, o momento é de solicitar novo carregamento de Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) somente para as doses já comprometidas.
Caso o Ministério da Saúde, algum estado ou país feche contrato com o Instituto Butantan, o IFA será importado do laboratório chinês Sinovac para a produção do imunizante contra a Covid-19.
O Butantan tem capacidade de produzir até um milhão de novas doses por dia.
Depois da entrega das 100 milhões de doses ao Ministério da Saúde, em setembro, as 15 milhões produzidas adicionalmente ficaram encalhadas no estoque do instituto.
O governo do estado de São Paulo tentou negociar o excedente com o Ministério da Saúde, mas a pasta comandada por Marcelo Queiroga não aceitou.
Além disso, tentou exportar o material. Porém, não houve interessados. Com isso, o governador João Doria (PSDB) resolveu que utilizaria as doses para imunizar as crianças no estado, de acordo com informações do Metrópoles.
A Coronavac só recebeu autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser administrada em crianças acima de 6 anos e em adolescentes nesta quinta-feira (20).
Com isso, o governo paulista, que já tinha feito a reserva de doses para imunizar as crianças, ficou com 8 milhões de doses. As 7 milhões restantes estão em negociação com o Ministério da Saúde.
Anvisa aprova uso da CoronaVac na faixa etária de 6 a 17 anos
A Anvisa formou aprovou, nesta quinta-feira (20), a utilização da CoronaVac para a faixa etária de 6 a 17 anos. Até agora, somente a vacina da Pfizer estava sendo usada para imunizar pessoas deste segmento.
Segundo a agência, a formulação e a posologia devem ser as mesmas da vacina aplicada em adultos, ou seja, duas doses em um intervalo de 28 dias. No entanto, a Anvisa não liberou o uso em crianças imunossuprimidas.