O Brasil voltou a registrar tendência de aceleração na média móvel de mortes de covid-19 nesta quarta-feira (22), pela primeira vez desde 21 de junho, duas semanas após o feriado de 7 de Setembro. Foram 839 óbitos nas últimas 24 horas, totalizando 592.357 desde o início da pandemia.
Em média, 531 pessoas morreram nos últimos sete dias, indicando uma alta de 16% na comparação com 14 dias atrás.
O neurocientista Miguel Nicolelis comentou em sua conta do Twitter nesta quarta-feira (22), logo após a divulgação dos dados:
“Parece que não era o fim da pandemia com muitos apregoam aos 4 ventos. Quando os números são postados mais ou menos corretamente casos voltam a subir para casa dos 30 mil e óbitos chegam próximo dos mil/24h. Não acabou e infelizmente ainda tem grande chance de piorar antes de melhorar.”
Nove estados tiveram tendência de aceleração na média de hoje, maior número desde 19 de junho. Outros seis ficaram estáveis, enquanto 11 e o Distrito Federal tiveram queda.
Das regiões, apenas o Nordeste teve queda (-21%), enquanto o Centro-Oeste teve estabilidade (-3%). As demais apresentaram alta: Norte (49%), Sudeste (26%) e Sul (23%).
Hoje também foram registrados 35.658 novos casos. Desde o início da pandemia, já foram feitos 21.282.612 diagnósticos da doença.
Após uma atualização na base de dados do e-SUS, do Ministério da Saúde, o estado de Santa Catarina registrou uma explosão de casos de covid-19 nesta quarta-feira, (22). Segundo a Secretaria de Estado de Saúde, mais de 20 mil casos foram reclassificados, resultando na inserção de 15.081 diagnósticos.
O estado do Acre inseriu 18 mortes, depois de quase um mês registrando nenhum ou apenas um óbito por dia. Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde informou que após atualização do e-SUS, a secretaria "teve acesso a 18 óbitos que não haviam sido inseridos pelos municípios na plataforma de notificação". O registrou levou a uma alta de 1.800% na média móvel de mortes.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal
Região Sudeste
Espírito Santo: alta (34%)
Minas Gerais: alta (23%)
Rio de Janeiro: alta (21%)
São Paulo: alta (32%)
Região Norte
Acre: alta (1.800%)
Amazonas: queda (-33%)
Amapá: estável (0%)
Pará: alta (90%)
Rondônia: queda (-77%)
Roraima: queda (-40%)
Tocantins: alta (115%)
Região Nordeste
Alagoas: queda (-19%)
Bahia: estável (-7%)
Ceará: queda (-66%)
Maranhão: queda (-24%)
Paraíba: estável (0%)
Pernambuco: estável (1%)
Piauí: queda (-40%)
Rio Grande do Norte: queda (-18%)
Sergipe: queda (-25%)
Região Centro-Oeste
Distrito Federal: queda (-17%)
Goiás: alta (21%)
Mato Grosso: queda (-18%)
Mato Grosso do Sul: queda (-44%)
Região Sul
Paraná: alta (42%)
Rio Grande do Sul: estável (-7%)
Santa Catarina: estável (9%)
Dados do Ministério da Saúde
Os dados são do consórcio dos veículos de imprensa junto às secretarias estaduais de saúde.
Com informações do UOL