O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) cobrou que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) determine "regime de direção técnica" na Prevent Sênior. A operadora de planos de saúde é investigada pela CPI do Genocídio por ter supostamente usado pacientes como cobaias humanas para tratamento ineficaz contra Covid-19.
O "regime de direção técnica" funciona como uma intervenção da ANS para resolver problemas identificados por ela. Essa intervenção pode impor um plano de adequação e provocar até mesmo a alienação da operadora.
A ANS realizou diligências na sede da Prevent na sexta-feira. Em nota, a agência informou que "foram solicitados esclarecimentos a respeito das denúncias sobre cerceamento ao exercício da atividade médica aos prestadores vinculados à rede própria da operadora, e sobre a assinatura de termo de consentimento, pelos beneficiários atendidos na rede própria, para a prescrição do chamado 'Kit Covid'".
"As servidoras coletaram documentação no local, para a instrução de processo que tramita na ANS, e concederam prazo de 5 (cinco) dias úteis para a apresentação de documentação complementar", afirmou.
Dossiê feito pela CPI do Genocídio revela que a Prevent Sênior ocultou mortes de sete de pacientes com e sem o diagnóstico de Covid-19 que participaram de experimento sem base científica feitos para apontar uma suposta eficácia dos remédios do “kit covid”, como a hidroxicloroquina e a azitromicina.
Segundo o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), o dossiê mostra que a Prevent agiu em conluio com o presidente Jair Bolsonaro. “O documento informa que a disseminação da cloroquina e outras medicações foi resultado de um acordo entre o governo Bolsonaro e a Prevent. Segundo o dossiê, o estudo foi um desdobramento do acordo. Ouvir a Prevent continuará em nossa agenda”, escreveu no Twitter.
Com informações do Metrópoles e da Folha