Em mais uma tentativa de prejudicar as investigações da CPI do Genocídio, o Ministério da Saúde colocou sob sigilo documentos que tratam da compra de vacinas da Covaxin. O material foi encaminhado em julho à comissão.
Porém, o ministério decidiu limitar o acesso público em resposta a solicitações feitas em junho, por intermédio da Lei de Acesso à Informação.
A negociação de compra dos imunizantes da Covaxin envolvia a quantia de R$ 1,6 bilhão, valor que chegou a ser reservado pelo governo de Jair Bolsonaro.
No entanto, o acordo foi suspenso após denúncias do deputado federal Luis Miranda e seu irmão, o servidor do ministério, Luis Ricardo Miranda, de suspeitas de corrupção na pasta.
Em 6 de agosto, o Ministério da Saúde descreveu o acesso aos documentos como “suspenso e restrito no momento” por estarem em uma etapa “preparatória”, que é quando o processo está tramitando no órgão.
Cancelamento
Mas, no dia 29 de julho, a própria pasta havia anunciado o cancelamento do contrato da Covaxin com a Precisa Medicamentos, empresa intermediária das negociações.
O Ministério da Saúde alegou que as informações do documento “constituem fundamento de tomada de decisão, podendo sua divulgação prejudicar o andamento” por ser “preparatório”.
A Procuradoria-Geral da República, depois de ser pressionada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), começou a investigar se Bolsonaro cometeu prevaricação pela maneira como lidou com as denúncias dos Miranda.
Com informações do UOL