A CPI do Genocídio aprovou, nesta terça-feira (31), a convocação da advogada Karina Kufa para depor. Ela defende integrantes da família de Jair Bolsonaro.
O requerimento, apresentado pelo vice-presidente da comissão, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), prevê que Karina conceda explicações sobre “um jantar em sua residência onde Marconny Faria foi apresentado a [José] Ricardo Santana, depoente que se revelou como uma espécie de consultor informal do Ministério da Saúde”.
Marconny Faria é apontado pela CPI como “lobista”, que tentaria privilegiar a Precisa Medicamentos junto à pasta. José Ricardo Santana, por sua vez, já deu seu depoimento na CPI. Ele também teria trabalhado com o Ministério na intermediação de negócios da Precisa.
“O depoimento da advogada Karina Kufa é de extrema importância para os trabalhos desta CPI, uma vez que pode esclarecer sua participação e de outros personagens do seu círculo de amizades nas negociações envolvendo contratos com o Ministério da Saúde”, declarou o senador.
Randolfe ressaltou, ainda, que a convocação não se refere ao trabalho que a advogada desenvolve junto a Jair e Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).
“Não estamos convocando Karina Kufa por ser advogada do presidente e, sim, pelos diálogos que ela teve com vários lobistas que estão sendo investigados nessa CPI”, afirmou.
Nova convocação
Na sessão desta terça, os senadores também aprovaram uma nova convocação do motoboy Ivanildo Gonçalves, que não depôs, após decisão do ministro Kássio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), além da quebra de sigilos da empresa VTCLog, onde ele atuava.
Com informações da CNN Brasil