A CPI do Genocídio aprovou, nesta quarta-feira (11), a realização de uma acareação entre o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e o ministro do Trabalho de Jair Bolsonaro, Onyx Lorenzoni.
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da comissão, anunciou, pelas redes sociais, que a acareação deve ocorrer no dia 18 de agosto.
A possibilidade do encontro não estava prevista para ser votada nesta quarta. Porém, durante depoimento de Jailton Batista, diretor da farmacêutica Vitamedic, o presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), anunciou o requerimento “diante da relevância” do tema.
A solicitação foi protocolada por Randolfe. Ele destaca, no requerimento, as “contradições” envolvendo as versões diferentes apresentadas em relação ao processo de importação da vacina indiana Covaxin, contra a Covid-19.
A compra do imunizante foi cancelada pelo governo de Jair Bolsonaro, depois de suspeitas de irregularidades no contrato. Além da CPI, o Ministério Público (MP), o Tribunal de Contas da União (TCU) e a Polícia Federal (PF) investigam as negociações e seus intermediários na compra da Covaxin.
Denúncias
O deputado Luis Miranda e seu irmão Luis Ricardo Miranda, servidor do Ministério da Saúde, denunciaram à CPI supostas fraudes na documentação e nas negociações, que foram intermediadas pela empresa Precisa Medicamentos.
Além disso, os irmãos apontaram a existência de pressão pela liberação da Covaxin, mesmo com a área técnica apresentando indícios de irregularidades no contrato.